A Câmara dos Deputados aprovou, ontem à noite, o texto-base da medida provisória que cria benefício extra e estabelece o valor de R$ 400 para o Auxílio Brasil. A MP também torna o benefício permanente. A proposta, agora, será encaminhada ao Senado. Parlamentares da base governista exaltaram a iniciativa e defenderam a união na busca por uma solução da crise vivenciada por milhares de famílias brasileiras. Apesar de votar a favor da MP, a oposição reiterou a necessidade de que se aumente o valor do auxílio: de R$ 400 para R$ 600.
Tanto governistas quanto parlamentares da oposição defenderam o caráter permanente do benefício extra do Auxílio Brasil. O relator da MP, deputado João Roma (PL-BA), aceitou emenda do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) que pautou a permanência do benefício extraordinário. Estimativas citadas por Motta indicam a necessidade de R$ 41 bilhões por ano para bancar a perenidade do benefício, quase o mesmo valor usado para pagar o Auxílio Brasil (R$ 47,5 bilhões).
Os deputados da oposição defenderam um valor maior para o benefício. Líder da minoria na Câmara, Alencar Santana Braga (PT-SP) disse que ainda persistem os efeitos da crise econômica causada pela covid-19 que justificaram o auxílio, e por isso o valor deve ser "digno".
"Ressalto a alta da inflação, que passou de 10% ao ano e vem corroendo o poder de compra do auxílio. Elaboramos destaques à matéria para alterar partes específicas da medida, inclusive para garantir que seja uma política permanente. Os deputados do governo terão de colocar a digital num auxílio menor que o aceitável", afirmou.
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