Menos vagas formais

Maria Eduarda Cardim
postado em 29/04/2022 00:01

O Brasil criou 136.189 empregos com carteira assinada em março, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados, ontem, pelo Ministério do Trabalho e Previdência. Esse foi o menor número mensal de empregos formais deste ano.

Em janeiro, foram abertas 149,5 mil vagas, e, em fevereiro, 329,4 mil. Ou seja, em comparação ao mês anterior, houve uma queda de 58,6%. O número de empregos formais gerados também foi 11,3% menor que o de março de 2021 (153,4 mil), quando o país vivia o auge da pandemia.

Apesar da desaceleração, o governo federal destacou que março foi o terceiro mês seguido de saldo positivo na criação de postos de trabalho com carteira assinada. Quatro dos cinco grandes setores da economia tiveram saldo positivo, com destaque para o setor de serviços que abriu 111.513 novos postos de trabalho.

Enquanto isso, a construção abriu novas 25.059 vagas, a indústria mais 15.260 e o comércio teve um saldo de 352 empregos formais. Apenas o setor da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura apresentou um saldo negativo com o fechamento de 15.995 postos de trabalho.

"Na agropecuária o saldo de março já é mais reduzido porque temos uma sazonalidade do fim da safra de açúcar no Nordeste, mas este ano isso foi agravado pela seca na região Sul e um pedaço de São Paulo", explicou o coordenador-geral de Cadastros, Identificação Profissional e Estudos do Ministério do Trabalho, Felipe Pateo.

Salário menor

Outro dado revelado pelo Caged foi a queda de R$ 38,72 no salário médio de admissão em relação ao mês anterior. Em março, essa remuneração foi de R$ 1.872,0, ante R$ 1.910,79 em fevereiro. Em março do ano passado, o salário na contratação era de R$ 2.018,60.

De acordo com os dados do Ministério do Trabalho, no acumulado do ano, foram criadas 615.173 vagas. O número é menor do que o do mesmo período do ano passado (805,1 mil). Mesmo com a desaceleração, o ministro do Trabalho e Previdência, José Carlos Oliveira, tem expectativa positiva para o ano. "Esse número nos permite sonhar com um acumulado, até o fim do ano, superior ao que havíamos programado, de 1 milhão de novos empregos", afirmou.

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