BC: pausa na greve

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) suspendeu até 2 de maio a greve geral dos servidores da instituição. Segundo a entidade, a decisão foi tomada depois que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, declarou que a proposta de 5% de reajuste era oficial, garantiu a implementação de dois pontos da pauta não salarial e se comprometeu a conseguir uma reunião com o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, ainda em abril.

Segundo o Sinal, essa reunião vai avançar nas negociações. "Demos um voto de confiança ao Campos Neto até 2 de maio para batalhar por uma proposta ainda melhor para os analistas e técnicos do BC", informou um porta-voz do Sinal. "Nós declaramos que 5% são insuficientes e apresentamos uma contraproposta, abrindo mão de que o reajuste de 27% seja no primeiro semestre de 2022."

Juízes

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) também se mobiliza por reajuste salarial. O presidente da entidade, Eduardo Fernandes, avaliou que o aumento de 5% previsto para todos os servidores federais não é suficiente para atender a categoria. "Há uma pressão muito grande da carreira, da base, afirmou Fernandes. Segundo ele, fosse estabelecida a recomposição pela inflação a cada ano, a defasagem salarial dos juízes seria de 49%.

A Ajufe ainda afirmou que deve dialogar com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, em busca de um aumento aos magistrados neste ano.