Cerca de 18%

Apesar de alto, preço do combustível tem defasagem no mercado externo

Para o óleo diesel, a defasagem média é de 4%. O último reajuste, de 18,8%, ocorreu há 67 dias para a gasolina

Fernanda Strickland
postado em 18/05/2022 05:54 / atualizado em 18/05/2022 05:55
 (crédito:  Carlos Vieira/CB)
(crédito: Carlos Vieira/CB)

Os preços nos postos de combustíveis não param de subir em todo o país e o litro da gasolina já está superando a marca de R$ 10 em alguns estados. Com isso, aumentou a reclamação dos consumidores contra os preços cobrados nas bombas.

Em alguns postos do Distrito Federal, o litro da gasolina chega a R$ 7,94. Para o administrador Fernando David Lima, 30 anos, "está ficando cada vez mais inviável ter um veículo em Brasília". "Estamos pagando um preço muito alto. Antes, eu usava o carro para tudo, mas, hoje, tenho que ficar intercalando os dias para poder ir trabalhar, fazer um revezamento, porque não dá mais."

E novos aumentos podem vir por aí. Dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) indicam que a defasagem entre os preços da gasolina no mercado interno em relação ao mercado internacional chega a 18%. Para o óleo diesel, a defasagem média é de 4%. O último reajuste, de 18,8%, ocorreu há 67 dias para a gasolina. No caso do diesel, o último aumento ocorreu há oito dias, com alta de 8,8% nos preços domésticos.

Com isso, caso faça a opção por seguir os preços de mercado, a Petrobras poderia aumentar os preços entre R$ 0,88 por litro e R$ 1,03, a depender do porto de operação. O diesel variaria em média R$ 0,21 centavos por litro até R$ 0,32.

Douglas dos Santos, 34 anos, músico e motorista de aplicativo durante o dia, disse que "a gasolina está um absurdo". "Cada lugar pelo qual a gente passa, é um preço diferente. Em alguns, é muito caro, em outros, mais razoável. Porém, mesmo nos que são mais baratos está puxado", apontou. "Como motorista de aplicativo, tive que mudar a tática para trabalhar, buscando pegar apenas as corridas mais caras, para não ter prejuízo e pagar para trabalhar", explicou. (Colaborou Michelle Portela)

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