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Energia eólica pode dobrar no Brasil em cinco anos, diz Guedes em Davos

Em Davos, Guedes teve reunião nesta terça-feira com a dinamarquesa Vestas, maior produtora mundial de turbinas de energia eólica. O ministro contou ainda que tem mantido conversas com a espanhola Iberdrola, que também demonstrou interesse na energia eólica brasileira

Agência Estado
postado em 25/05/2022 08:27
 (crédito: Isac Nobrega/PR)
(crédito: Isac Nobrega/PR)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, contou em café da manhã nesta quarta-feira, 25, com interlocutores da América Latina e Ásia que a energia eólica no Brasil pode dar um salto, inclusive com turbinas no mar, o chamado offshore. Em dez anos, a fatia desse tipo de energia foi de zero a 10% no país. Nos próximos 5 anos, pode subir para 20%.

Em Davos, Guedes teve reunião nesta terça-feira com a dinamarquesa Vestas, maior produtora mundial de turbinas de energia eólica. O ministro contou ainda que tem mantido conversas com a espanhola Iberdrola, que também demonstrou interesse na energia eólica brasileira.

Guedes contou ainda que teve encontros bilaterais com várias empresas, de diferentes setores, como Alibaba, YouTube, DP World, Arcelor Mittal e a sinalização foi de que querem aumentar investimentos no Brasil. A Vestas, por exemplo, planeja ampliar suas instalações no país.

A agenda de Davos está ficando mais de negócios, disse Guedes. Há poucos anos, quando veio ao evento, 80% das reuniões eram com políticos e o resto com empresas. Agora isso se inverteu e 80% das agenda é negócios e só 20% é com governos.

No evento desta quarta-feira, que estava mais esvaziado que os outros dos quais o ministro participou, Guedes defendeu que com a reconfiguração das cadeias produtivas e mudanças geopolíticas é preciso insistir no comércio e fazer novos acordos comerciais.

O Brasil está batendo recordes em superávit comercial e em fluxos de comércio, com aumento do saldo positivo com a China. "O Brasil está disposto a se integrar", afirmou o ministro.

No começo dos anos 2000, o comércio com o país asiático ao ano era de US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões, enquanto com a França estava em US$ 2 bilhões. Passados pouco mais de 20 anos, o comércio com a China saltou para US$ 120 bilhões e com os franceses foi a US$ 7 bilhões. Isso mostra, disse Guedes, quem está guiando o crescimento no Brasil.

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