Cb.agro

Corrida para o Plano Safra

De acordo com Guilherme Soria Bastos Filho, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, resta obter ainda 6,5% para que se consiga chegar aos R$ 330 bilhões a serem disponibilizados pelo programa no biênio 2022/23

Raphael Pati*
postado em 28/05/2022 00:01
 (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

Com o primeiro semestre chegando ao fim, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) tenta acelerar a definição do próximo Plano Safra. Para o biênio 2022/23, a previsão é de um orçamento de R$ 330 bilhões. Mas, de acordo com o secretário de Política Agrícola da pasta, Guilherme Soria Bastos Filho, faltam 6,5% para o fechamento do montante previsto.

"Não é uma tarefa fácil porque estamos em um ambiente de forte elevação da taxa básica de juros (hoje em 12,75%). Então, quanto mais houver essa distância entre a taxa de juros acordada para esse Plano Safra e taxa de juros de mercado, mais vai ser a necessidade de o governo e de o Tesouro colocarem recursos à disposição", frisou o secretário, em entrevista, ontem, ao CB.Agro — uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília.

A greve dos servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional também prejudica a formação do plano. Mas entidades do setor do agronegócio estão mobilizadas para garantir os recursos.

"O plano é fundamental e vamos lutar pelo orçamento mais robusto", anunciou.

Segundo Soria, o Programa ABC (Agricultura de Baixa Emissão de Carbono) — destinado ao financiamento de tecnologias e sistemas de produção nas propriedades rurais — é uma das ênfases do Plano Safra, para o qual devem ser destinados pouco mais de R$ 5 bilhões.

Outra preocupação do ministério é não deixar o trabalhador do campo à mercê das intempéries climáticas — neste ano estão previstas grandes ondas de frio, segundo a meteorologia. Daí porque a ênfase no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural para proteger os produtores. "É bom que o seguro esteja bem desenvolvido em todo o país, para que as seguradoras possam ter uma diluição nos riscos", destacou. (Colaborou Samanta Sallum)

*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags