FUNCIONALISMO

Servidores do Tesouro sobre falta de acordo: 'O próximo passo é a greve'

Servidores do Tesouro Nacional solicitaram exoneração dos cargos e funções comissionadas em protesto contra a inércia do governo acerca da pauta reivindicatória

Ao solicitar exoneração dos cargos e funções comissionadas em protesto contra a falta de acordo, servidores do Tesouro Nacional apontam que “o próximo passo é a greve”. Diante da ausência de proposta oficial de reestruturação para a carreira de Finanças e Controle, 70% dos detentores de cargos e funções em comissão na Secretaria do Tesouro Nacional pediram exoneração nesta sexta-feira (13/5) em ofício encaminhado ao secretário Paulo Fontoura Valle.

No documento, os servidores do Tesouro destacam que, desde a última recomposição salarial, a inflação acumula alta de 25,1%, enquanto o prazo legal para reestruturação este ano está se enfraquecendo. Além disso, os representantes afirmam que prossegue a sinalização do governo de ampliação do desalinhamento remuneratório entre carreiras de Estado do Executivo Federal, em detrimento dos servidores de Finanças e Controle, situação inaceitável para o movimento.

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“Uma política salarial discriminatória é inaceitável”, avaliou o presidente do Unacon Sindical, Bráulio Cerqueira. “Caso se concretize, a remuneração da carreira de Finanças e Controle passaria a representar apenas 60% de outras carreiras com o mesmo grau de complexidade e a mesma posição estratégica para o Estado. Isso representaria um imenso retrocesso, não só para os servidores, mas para as próprias instituições, Tesouro Nacional e Controladoria-Geral da União”, apontou o presidente do Unacon, que avisa: “o próximo passo é a greve”.

O pedido de exoneração foi encaminhado ao secretário do Tesouro após a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da categoria, realizada no início da tarde de hoje. Na pauta de deliberação, está uma nova paralisação na próxima semana e a organização para convocação de greve, que deve ser definida na próxima assembleia.