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Críticas à venda da Eletrobras

Depois de o governo concluir o processo de privatização, presidente nacional do PT chama de "tática nefasta" a estratégia de negociação. Quem usar o FGTS vai receber 66,7% das ações pretendidas

Correio Braziliense
postado em 12/06/2022 00:01
 (crédito: Eletrobras/Divulgação)
(crédito: Eletrobras/Divulgação)

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, voltou a criticar a privatização da Eletrobras. Em publicação feita no Twitter, ela chamou de "tática nefasta" a estratégia montada pelo governo para vender ações da empresa. "Tática nefasta de vender ações da Eletrobras até o governo perder o controle da empresa foi o golpe mais baixo que já se viu. O povo tá desempregado, endividado, sem renda, com fome e a preocupação de Bolsonaro e Guedes é com o mercado. Essa dupla é a destruição do Brasil", afirmou a petista, também se referindo, além do presidente da República Jair Bolsonaro, ao ministro da Economia, Paulo Guedes.

O processo de privatização da companhia terminou na quinta-feira e movimentou cerca de R$ 33,7 bilhões, segundo comunicado divulgado pela companhia. O preço por ação na oferta da Eletrobras foi fixado em R$ 42.

A privatização da maior empresa do setor elétrico no Brasil consiste na emissão de ações, o que reduz a participação da União na empresa. A perspectiva é de que a fatia do governo no negócio caia a cerca de 35%. A venda da empresa é criticada pelo PT, que é contra a privatização de estatais consideradas estratégias, como a Eletrobras e a Petrobras. Pré-candidato do partido à Presidência, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já sinalizou que pode reverter a privatização da Eletrobras caso seja eleito.

FGTS

Na sexta-feira, o governo também informou como será a forma de utilização do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra das ações da Eletrobras. Os investidores vão receber 66,79% do valor que reservaram, de acordo com comunicado da estatal ao mercado. O rateio foi necessário para garantir ações a todos, já que a busca foi maior do que a fatia reservada a este público.

As intenções de compra foram de R$ 9 bilhões, mas o governo havia estabelecido um limite máximo de R$ 6 bilhões do FGTS para a compra de ações no processo de privatização da estatal. Cada trabalhador podia usar até 50% do saldo em conta do FGTS para participar da rodada de investimentos. Pelo menos 370 mil pessoas fizeram reserva para compra de ações por meio dos Fundos Mútuos de Privatização da Eletrobras.

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