Mercado

Bolsas de NY fecham nos menores níveis em pelo menos 1 ano e meio

Após aumentos de juros em Estados Unidos, Suíça e Reino Unido, investidores temem que a postura agressiva de bancos centrais no combate à inflação deflagre uma recessão nas principais economias do planeta

Agência Estado
postado em 16/06/2022 20:01 / atualizado em 16/06/2022 20:02
 (crédito: Michael M.Santiago/Getty Images via AFP)
(crédito: Michael M.Santiago/Getty Images via AFP)

As bolsas de Nova York fecharam com quedas robustas nesta quinta-feira (15/6), com os três principais índices nos menores níveis em mais de um ano e meio. Após aumentos de juros em Estados Unidos, Suíça e Reino Unido, investidores temem que a postura agressiva de bancos centrais no combate à inflação deflagre uma recessão nas principais economias do planeta.

No fechamento, o índice Dow Jones caiu 2,42%, a 29.927,07 pontos. O S&P 500 perdeu 3,25%, a 3.666,77 pontos. Já o Nasdaq baixou 4,08%, a 10.646,10. Dow Jones e S&P 500 cederam aos menores níveis desde dezembro de 2020, enquanto Nasdaq renovou mínima desde setembro daquele ano.

A queda foi generalizada, mas as techs puxaram a tendência, entre eles Apple (-3,97%), Amazon (-3,72%) e Microsoft (-2,70%). O setor tende a ser o mais prejudicado por juros mais altos, uma vez que a atratividade desses países costuma depender mais das expectativas para resultados futuros.

O aumento nos juros divulgado ontem pelo Fed foi o terceiro consecutivo e o maior em porcentual em quase três décadas. A última vez que o BC americano elevou os Fed funds em 0,75 ponto foi em 1994.

Após o anúncio, o presidente do Fed, Jerome Powell, reforçou a necessidade de novos aumentos nos juros para trazer a inflação para a meta de 2% e afirmou que o ritmo continuará a depender dos indicadores econômicos e da evolução das perspectivas para a economia dos Estados Unidos.

O Barclays, uma das primeiras instituições a projetar que o Fed subiria juros em 75 pontos-base ontem, acredita que o BC americano deve moderar o ritmo de aperto monetário na reunião de julho, com alta de 50 pontos-base.

O banco lembrou que, em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, ressaltou que o avanço de 0,75 ponto porcentual não se tornaria comum. Para o Barclays, a alta nessa ritmo serviu para enviar uma mensagem de compromisso contra a inflação. "Diante do que estamos vendo no economia e na habitação, acreditamos que não será necessário enviar outra", destaca.

Depois do Fed, o Banco Central da Suíça anunciou hoje aumento de meio ponto porcentual nos juros básicos, a -0,25%, na primeira alta desde de 2007. Em seguida, o Banco da Inglaterra (BoE) subiu a sua taxa básica em 25 pontos-base, a 1,25%.

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