Trabalho precário ameaça milhões de brasileiros

Correio Braziliense
postado em 23/06/2022 00:01

Alguns indicadores da economia expõem um cenário alarmante para o país. Na área do emprego, a precariedade é uma característica cada vez mais marcante para milhões de brasileiros. De acordo com levantamento realizado pelo Instituto Veredas, em parceria com B3 Social e a Fundação Arymax, que analisaram dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), cerca de 20 milhões de pessoas vivem de atividades informais que garantem no máximo dois salários mínimos por mês. Além da renda baixa, os profissionais enfrentam uma rotina de instabilidade e insegurança — eles podem trabalhar hoje, mas não sabem se terão o que fazer amanhã. Para efeito de comparação, os 20 milhões equivalem às populações somadas de Portugal e Grécia, o que dá a dimensão exata do desafio que há pela frente. Diante de números como esses, surpreende o fato de a questão do emprego não ter entrado na agenda eleitoral. Já passou da hora.

Chilena Arauco vai investir US$ 3 bilhões no Brasil

A chilena Arauco se prepara para a sua primeira investida na indústria de celulose do Brasil. Depois de muita indefinição e algumas idas e vindas, a empresa confirmou ontem que desembolsará US$ 3 bilhões para construir uma fábrica de celulose no município de Inocência, no Mato Grosso do Sul. Segundo a empresa, a futura unidade terá capacidade para produzir 2,5 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano e deverá entrar em operação no primeiro trimestre de 2028.

Programa de Descaracterização da Vale gera 20,3 mil empregos

As obras de eliminação das barragens a montante da Vale geraram um bom volume de empregos. Segundo a empresa, foram 20,3 mil desde 2019. Atualmente, 4,8 mil trabalhadores atuam no Programa de Descaracterização da companhia, concentrado em Minas Gerais. A Vale já eliminou sete de 30 estruturas desse tipo e mais cinco têm conclusão prevista até o fim do ano. No sistema a montante, as paredes da barragem são construídas sobre uma base de resíduos, o que traz maior risco de ruptura.

Preço do frete agrícola subiu só 3,9% em um ano

A plataforma Fretebras divulgou um comparativo que ilustra o que deve vir por aí em termos de reajuste do frete. Entre maio de 2021 e maio de 2022, o valor médio cobrado para o transporte de produtos ligados à cadeia do agronegócio brasileiro subiu 3,9%. No mesmo período, o preço do diesel aumentou 53,1%. A previsão é que nos próximos dias os valores dos fretes rodoviários comecem a crescer com alguma intensidade, o que certamente provocará efeitos adversos na inflação.

46%

dos usuários de internet no Brasil fizeram compras on-line em 2021, segundo pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br). Em 2019, antes da pandemia, o índice foi de 39%

A inflação obviamente surpreendeu para
cima ao longo do último ano, e
mais surpresas
podem ocorrer"

Jerome Powell,
presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano)

Rapidinhas

» O Supremo Tribunal Federal (STF) fechou inédita parceria com o WhatsApp e a empresa de tecnologia Robbu para implementar o serviço de atendimento digital via chabot. Disponível no número 55 61 3217-3003, o canal trará acesso a serviços, informações institucionais e notícias relevantes sobre a atuação do tribunal.


» A próxima temporada de cruzeiros, que começa em outubro, será a maior dos últimos 10 anos. Segundo a associação Clia Brasil, 36 navios visitarão 45 destinos e 15 estados brasileiros, com impacto econômico de R$ 400 milhões. A MSC, uma das maiores empresas do ramo, aumentará a sua oferta em 35% em relação ao período pré-pandemia.


» Um estudo da consultoria KPMG constatou que os executivos da indústria automotiva não esperaram que a crise dos semicondutores termine tão cedo. De acordo com o levantamento, a maioria dos entrevistados (56%) acha que a escassez de chips persistirá até 2023. A falta de componentes atrasa a produção e contribui para o aumento de preços.


» A operadora Vivo começou a produzir ecobags a partir de tecidos de uniformes que seriam descartados por seus colaboradores. A iniciativa, fruto de parceria com a empresa Retalhar, resultou na confecção de 1,8 mil ecobags, que serão vendidas a preço de custo na loja on-line da Vivo e em uma unidade física da marca.

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