Expectativa no comércio

Aberta em 1971, a tradicional Barbearia Peixoto, no Setor Sudoeste, viu a clientela crescer nos últimos meses, com a diminuição das restrições à circulação de pessoas, na esteira da melhora dos números da covid-19. Segundo o proprietário Lázaro Peixoto, 31 anos, "de janeiro de 2020 para janeiro de 2022, o movimento ainda está 40% menor do que era antes da pandemia, mas. de janeiro pra cá, é visível um aumento, devagar, mas que acontece de mês a mês".

"Acreditamos que, no segundo semestre, que é sempre mais forte, vai melhorar bastante", completou Peixoto.

Apesar do que é apontado pelas estatísticas, o crescimento do PIB divide opiniões entre os comerciantes de Brasília, já que nem todos afirmam ter sentido uma melhora nos negócios.

Para a proprietária da Le Petit Papelaria, Mariana Dolabella, 40 anos, a situação nos primeiros três meses do ano piorou. "A expectativa era de que, com a volta do funcionamento do comércio, aumentasse (o faturamento da empresa). Mas ainda não sentimos a melhora", declarou ela.

O PIB deste trimestre foi puxado pelo setor de prestação de serviços. Porém, tanto a Barbearia Peixoto quanto a papelaria Le Petit não pretendem contratar novos funcionários em um futuro próximo.

Quando questionada em relação a isso, Dolabella disse: "Tínhamos três funcionários e, agora, estamos com dois. Foi uma necessidade da empresa, de diminuir os gastos. Não temos perspectiva para contratações". Já Peixoto declarou: "Temos uma posição de barbeiro disponível, só que vai depender do que o movimento demonstrar. Mas outras contratações, não".

*Estagiária sob a supervisão

de Odail Figueiredo