Mercado financeiro

Ibovespa fecha em queda diante de expectativa sobre decisão do Fed

Bolsa brasileira não consegue manter o patamar de segunda-feira. Decisão do Banco Central americano sobre juros influencia cenário mundial

Mariana Albuquerque*
Isadora Albernaz*
postado em 26/07/2022 19:56 / atualizado em 26/07/2022 19:58
 (crédito: Nicholas Cappello/Unsplash)
(crédito: Nicholas Cappello/Unsplash)

O Ibovespa fechou o último pregão do dia com queda de 0,5% nesta terça-feira (26/7), acompanhando as principais bolsas internacionais e seguindo o mau pressentimento dos três principais mercados de Wall Street. As movimentações ocorrem às vésperas da reunião do Banco Central americano (Fed), que decidirá a respeito do aumento na taxa de juros básica do país.

O economista e professor da Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) Antônio Carlos Alves de Santos explica o cenário: “O mercado está bem complicado. Provavelmente, o Fed vai aumentar os juros em 0,75% ou 0,5%. Isso deve aumentar as expectativas de forma favorável ao mercado americano”.

O Ibovespa havia conseguido recuperar o patamar do mercado de segunda-feira (25/7) e obteve uma máxima de 100.7353,40 pontos e uma mínima cotada em 99.364,79. Às vésperas da decisão do Banco Federal note-americano, a especulação mundial é de que os juros americanos aumentem em 0,75%, o que eleva a taxa básica para 2,25% ao ano.

Confira o fechamento dos outros índices brasileiros:

  • Small Caps (SMLL): -1,47%
  • BDRs (BDRX): -1,47%
  • Fundos Imobiliários (IFIX): +0,04%

De acordo com o analista financeiro da Top Gain Sidney Lima, a queda nas bolsas norte-americanas impactou o desempenho brasileiro. “No geral, o sentimento negativo se instalou com a divulgação de dados fracos referentes à economia dos EUA. O índice de confiança do consumidor bem como os números de vendas de moradias novas nos Estados Unidos vieram abaixo das expectativas do mercado, o que foi bem percebido ao influenciar boa parte dos papéis aqui no Brasil ao fim da manhã, e não conseguiu forçar ao longo do dia para um movimento mais forte de alta, já que os investidores se mantêm cautelosos, à espera da divulgação da nova taxa de juros dos EUA”, afirmou.

“Vale lembrar que isso tende a definir os próximos passos da economia americana, com reflexo no mundo, e serve como balizador para alocação dos grandes investidores. Outro ponto relevante foram as notícias do setor corporativo, como a revisão para baixo das previsões de lucro para o 2T22 pelo Walmart, que também pesaram sobre as bolsas”, completou ele.

As bolsas americanas Nasdaq e Dow Jones passaram o dia em vermelho, pressentindo a decisão do Fed. O dólar também registrou uma queda de 0,38%, fechando o valor comercial de R$ 5,34. Este é o menor número registrado desde 8 de julho. Segundo o economista Antônio Carlos Alves de Santos, caso o dólar suba, o euro deve acompanhar a tendência.

*Estagiárias sob a supervisão de Mariana Niederauer

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação