Endividamento das famílias continua crescendo

Fernanda Strickland Rafaela Gonçalves
postado em 28/07/2022 00:01
 (crédito: Arquivo Pessoal)
(crédito: Arquivo Pessoal)

Após um leve recuo em fevereiro, o endividamento das famílias voltou a crescer em março e se aproximou do pico histórico da série iniciada em 2005, conforme dados do Banco Central.

De acordo com a autoridade monetária, o comprometimento da renda familiar com empréstimos junto ao sistema financeiro, incluindo financiamento imobiliário, chegou a 52,70% — dado próximo ao pico de 52,75% registrado em janeiro deste ano. Em fevereiro, o percentual era de 52,65%.

Recentemente, o BC atualizou a série e mudou a base de cálculo, pois incluiu os benefícios assistenciais do governo, como o auxílio emergencial pago durante a pandemia, como fonte de renda das famílias.

O aumento é resultado de uma série de fatores, de acordo com Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac).

"O endividamento das famílias tem tudo a ver com o contexto econômico atual. A inflação, principalmente devido ao aumento dos preços dos alimentos, continua corroendo a renda dos trabalhadores, o desemprego ainda é elevado e os juros continuam subindo. Tudo isso contribuiu para que as famílias fiquem mais endividadas", explicou. "Como esse quadro deve se manter nos próximos meses e o Banco Central vai continuar aumentando os juros, o endividamento continuará subindo", emendou o analista. (RH)

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