O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), perdeu o patamar de 98 mil pontos e encerrou esta quarta-feira (13/7) no menor nível desde 4 de novembro de 2020. Com a divulgação de indicadores externos e domésticos, acompanhando a queda nas bolsas globais, o índice local caiu 0,40%, aos 97.881 pontos, com volume negociado de R$ 16,02 bilhões.
O dólar comercial manteve a tendência de queda e recuou 0,61%, cotado a R$ 5,40. A moeda passou por uma sessão de correção diante das perdas recentes do real, que chegaram a 10% no último mês. O ajuste também foi favorecido pelos ganhos em commodities no exterior.
No início do dia, foi divulgado o resultado do Índice de Preços do Consumidor dos Estados Unidos, que avançou 0,7% em junho na comparação com maio. A pressão inflacionária nos EUA e a possibilidade de maior aperto monetário pelo Federal Reserve, banco central americano, levaram o Ibovespa ao campo negativo.
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Durante a tarde, o Fed também divulgou o Livro Bege, que apontou viés de esfriamento das atividades, ainda que a publicação tenha afirmado que a direção da economia americana ainda não esteja definida. A publicação animou os que não veem um ciclo de alta maior do que o esperado atualmente nos EUA.
No exterior, o S&P 500 recuou 0,45%, aos 3.802 pontos; Dow Jones registrou queda de 0,67%, aos 30.773 pontos; enquanto Nasdaq recuou 0,15%, aos 11.248 pontos.
O mercado também repercutiu o superavit comercial da China, que atingiu recorde de US$ 97,9 bilhões em junho, com o aumento das exportações após o fim dos lockdowns em Xangai.
No Brasil, o volume de vendas no varejo restrito subiu 0,1% em maio ante abril, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado ficou bem abaixo das previsões do mercado, em torno de 1%.