Combustíveis

Petrobras: preços monitorados pelo conselho não mudam nada na prática

Diretor de Governança e Conformidade, Salvador Dahan, diz que "camada" de governança dá transparência à política de preços da companhia

O diretor de Governança e Conformidade da Petrobras, Salvador Dahan, disse, nesta sexta-feira (29/7), durante webcast voltado a investidores, que a nova atribuição do Conselho de Administração da companhia para supervisionar o preço dos combustíveis praticados pela empresa não muda procedimentos na estatal. 

"Do ponto de vista prático, não há alteração operacional. O mercado, a execução, permanece com a diretoria e não há o que se falar de poder de veto, cabendo ao conselho o papel de monitorar as nossas práticas. Queremos garantir que a diretoria esteja atingindo o valor esperado para a companhia, trazendo maior governança e garantindo que as decisões estejam amparadas", explicou Dahan. 

Na quarta-feira (27/7), o Conselho de Administração da Petrobras aprovou proposta para garantir ao colegiado a atribuição de supervisionar a política de preços dos combustíveis vendidos pela estatal. "A medida cria uma camada de supervisão natural de administração", aponta. 

Na quinta-feira (28/7), a Petrobras anunciou a redução de R$ 0,15 no preço do litro de gasolina vendida por refinarias. O preço médio do combustível é R$ 3,86 e passará para R$ 3,71 — 3,88% a menos.

Dividendos 

Na noite de quinta, a Petrobras também divulgou o balanço do segundo trimestre de 2022. Entre os destaques, está o pagamento de R$ 87,8 bilhões em dividendos, dos quais R$ 32,1 bilhões serão repassados à União (incluindo BNDES e BNDESPar). O índice é considerado um novo recorde. O lucro bruto da empresa foi de R$ 95,861 bilhões, e lucro líquido, de R$ 54,3 bi referente ao período.

Rodrigo Araújo, diretor financeiro e de relacionamento com investidores, explicou que a estatal manterá níveis elevados de transferência de dividendos. "Vamos manter o compromisso de repassar 60% do caixa livre", explicou. 

 

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