Mercados

Investidores embolsam ganhos e bolsa fecha em baixa de 2,04%

Segundo analistas, a rápida escalada das cotações amadureceu a chamada realização de lucros, quando os investidores vendem as ações valorizadas para se apropriar dos ganhos

Correio Braziliense
postado em 20/08/2022 06:01 / atualizado em 20/08/2022 08:02
 (crédito: Nelson Almeida/AFP)
(crédito: Nelson Almeida/AFP)

Após um período quase contínuo de altas, em agosto, a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) fechou em baixa de 2,04%, ontem, com o Ibovespa, principal indicador dos negócios, marcando 111.496 pontos. Com o resultado, o índice terminou a semana em queda de 1,12%, mas ainda registrando expressiva alta de 8,08% no mês. No ano, o ganho acumulado é de 6,37%.

Segundo analistas, a rápida escalada das cotações amadureceu a chamada realização de lucros, quando os investidores vendem as ações valorizadas para se apropriar dos ganhos. Esse movimento, de acordo com os operadores de mercado, veio motivado muito mais pela cautela com o cenário econômico externo do que com o ambiente doméstico.

Ainda assim, espera-se um ritmo menor de caminhada no curto prazo, considerando que o início oficial do calendário eleitoral, na última terça-feira, deve trazer aos ativos domésticos um grau maior de volatilidade após o entusiasmo recente, deflagrado em especial pela sinalização do BC de que o ciclo de ajuste de juros está concluído ou bem perto disso, no Brasil.

"Tivemos uma correção técnica, realização de lucros saudável e aguardada, considerando que o Ibovespa acumulou recuperação em torno de 20% em relação ao piso do ano, cerca de 30 dias atrás", disse Felipe Moura, analista da Finacap. Ele destcou ainda que a maioria das empresas listadas na Bolsa apresentou resultados positivos no último trimestre, o que ajudou a atrair recursos externos "como não se via desde o início do ano".

Não fossem os ingressos de recursos externos no país, de acordo com operadores, o dólar teria registrado alta significativa ontem.

Em vez disso, a moeda norte-americana terminou o dia perto da estabilidade, com leve sinal de baixa, na contramão da tendência predominante no mercado internacional. Ao final da sessão de negócios, o dólar à vista foi cotado a R$ 5,168, com baixa de 0,08%, mas na semana subiu 1,85%.

Para a próxima semana, os analistas apontam que as atenções estarão bastante focadas no simpósio de Jackson Hole, nos Estados Unidos. O evento terá como ponto alto a participação do presidente do Fed (o banco central norte-americano), Jerome Powell, que há algum tempo não tem dado declarações públicas acerca da política monetária.

 


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