Mercado

Ibovespa acompanha queda das bolsas do mundo inteiro e tem queda de 1,68%

Em dia de aversão a risco no mundo inteiro, a bolsa brasileira fechou o pregão desta terça-feira (30/8) aos 110.430 pontos. Dólar sobe 1,58%, cotado a R$ 5,11.

Raphael Pati*
postado em 30/08/2022 19:07 / atualizado em 30/08/2022 19:08
 (crédito: Gerd Altmann/Pixabay)
(crédito: Gerd Altmann/Pixabay)

O índice Ibovespa terminou esta terça-feira (30/8) com queda de 1,68%, aos 110.430 pontos. Logo pela manhã, a movimentação dos mercados já indicava que a bolsa brasileira teria um resultado negativo neste pregão. Além disso, o dólar comercial avançou 1,58% e encerrou o dia aos R$ 5,11 em dia marcado por cautela em todo o cenário global.

O cenário de aversão ao risco ocorre em meio a falas de membros do Federal Reserve (FED) e do Banco Central Europeu (BCE) que reforçaram que os respectivos bancos devem adotar medidas mais duras para combater a inflação, como elevar a taxa de juros de maneira mais intensa.

"Nós vamos precisar de políticas mais restritivas por um tempo. Isso não é algo que vamos fazer por um tempo mais curto e, assim, mudar de rumo", disse o membro do FED, que tem direito ao voto no Banco Central dos EUA, John Williams.

Para o economista-chefe da Gladius Research, Benito Salomão, as projeções em relação ao mercado brasileiro devem ser revistas, devido ao clima negativo do cenário internacional.

"O mercado nacional vinha de um ciclo de alta com o arrefecimento das tensões políticas e o aumento do preço de commodities, mas isso deve ser revisto, porque o John Williams, membro do FED, defendeu que o banco deva elevar a taxa de juros norte-americana até o fim do ano, Então isso pode fazer com que o nosso BC tenha que elevar a Selic para 14% ou até 14,25%", comenta.

Queda das commodities

O que também impactou negativamente o mercado brasileiro nesta terça, foi a queda no preço das commodities, que desencadeou na queda do preço das ações da Vale (-2,89%) e da Petrobras (-5,94%).

Entretanto, na visão do consultor-chefe de mercado financeiro da BMJ, Mauro Cazzaniga, o mês de agosto até o momento tem sido positivo para o mercado do país, que viu as tensões políticas se arrefecerem, mesmo com as eleições de outubro cada vez mais próximas.

"Em uma avaliação geral, vemos um desempenho positivo do Ibovespa em agosto, mesmo com o resultado negativo de bolsas externas. Então não me parece que incertezas quanto às eleições tenham tido um efeito tão grande, e no geral me parece mais um reflexo temporário dos resultados das commodities”, avalia.


*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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