Conjuntura

Setor público tem superavit recorde para o mês de julho

De acordo com o relatório de estatísticas fiscais, divulgado nesta quarta-feira (31/8) pelo Banco Central (BC), superavit primário foi de R$ 20,4 bilhões no último mês, maior resultado para julho da série histórica

Rafaela Gonçlaves
postado em 31/08/2022 11:53 / atualizado em 31/08/2022 11:53
 (crédito: Marcelo Casal/Agência Brasil)
(crédito: Marcelo Casal/Agência Brasil)

O setor público consolidado, composto por União, estados, municípios e estatais, registrou superavit primário de R$ 20,4 bilhões em julho. De acordo com o relatório de estatísticas fiscais, divulgado nesta quarta-feira (31/8) pelo Banco Central (BC), esse foi o maior resultado para o mês da série histórica, iniciada em 2001.

Em julho de 2021, o setor público consolidado registrou um deficit de R$ 10,3 bilhões nas contas públicas. A última vez que o mês teve resultado no azul foi em 2013. O principal responsável pelo saldo positivo foi o Governo Central, que registrou superavit de R$ 20 bilhões, com arrecadação de receitas acima do pagamento de despesas. A receita líquida apresentou alta de 6,3% em termos reais na comparação interanual.

Os estados e municípios tiveram saldo positivo de R$ 1,8 bilhão nas contas. Apesar do desempenho positivo, houve uma redução de 4% nas receitas próprias, principalmente com a perda de arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), cobrado pelos estados. Em julho de 2021, o superavit era de R$ 7,3 bilhões. Já as estatais apresentaram deficit de R$ 1,3 bilhões.

No acumulado de 12 meses, as contas tiveram superavit de R$ 230,6 bilhões, o melhor resultado da série histórica. O valor equivale a 2,48% do Produto Interno Bruto (PIB).

A dívida bruta do país ficou em 77,6% do PIB em julho, ante 78,0% no mês anterior. Em julho de 2021, a porcentagem estava em 82,7%. Este é o patamar mais baixo desde março de 2020, quando chegou a 77,0%. “Foi quando foi decretada a pandemia e o governo reduziu receitas e aumentou despesas emergenciais devido à crise sanitária. Já podemos observar agora esta trajetória de redução”, observou o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha.

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