IPCA

IPCA: agosto registra deflação de 0,36%; alta acumulada em 12 meses é de 8,73%

O resultado, segundo o IBGE, foi alavancado pela queda dos preços de combustíveis no último mês, que contribuíram com impacto de -0,72 p.p. no resultado do IPCA de agosto

Raphael Pati*
postado em 09/09/2022 10:03 / atualizado em 13/09/2022 21:54
O principal fator que influenciou a queda do índice realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi a queda do preço dos combustíveis em todo o país -  (crédito:  Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
O principal fator que influenciou a queda do índice realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi a queda do preço dos combustíveis em todo o país - (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Como as projeções indicavam, o mês de agosto teve deflação de preços na economia brasileira, assim como em julho. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o recuo da inflação para o mês de agosto foi de 0,36%. Com isso, o acumulado deste ano retrocede para 4,39% e, nos últimos doze meses, o somatório é de 8,73%.

O principal fator que influenciou a queda do índice realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi a queda do preço dos combustíveis em todo o país. O grupo de ‘Transportes’ registrou deflação de 3,37% e contribuiu com impacto de - 0,72 pontos percentuais (p.p.) no índice geral para o último mês.

O IBGE também destaca, ainda no setor de transportes, que os quatro principais combustíveis tiveram queda em agosto: gás veicular (- 2,12%), óleo diesel (- 3,76%), etanol (- 8,67%) e gasolina (- 11,64%). Vale ressaltar que a Petrobras fez quatro reajustes no preço deste último em menos de dois meses.

A deflação de agosto, no entanto, não conseguiu superar a registrada em julho, de - 0,68%, que foi o primeiro índice após a aprovação do teto de 17% do ICMS dos combustíveis, em junho.

Além dos transportes, o grupo "Comunicação" também apresentou redução no índice. Segundo o IBGE, o resultado ocorreu devido, especialmente, à redução de preços dos planos de telefonia fixa (- 6,71%) e de telefonia móvel (- 2,67%).

Alimentos e bebidas recuaram

Outro destaque da pesquisa divulgada nesta sexta foi a desaceleração do grupo de alimentos e bebidas, que passou de uma alta de 1,30% em junho para elevação de 0,24% em agosto. O instituto afirmou que houve uma quase estabilidade no componente "alimentação dentro do domicílio", que registrou alta de 0,01%. Em contrapartida, a "alimentação fora do domicílio" teve inflação de 0,89% em relação ao último mês.

Saúde e cuidados pessoais (1,31%), Habitação (0,10%) e Despesas Pessoais (0,54%) foram outros grupos que registraram inflação. O maior aumento no último mês, no entanto, ficou por conta do item "Vestuário", com variação positiva de 1,69%.

*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes

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