Dívida pública

Dívida pública cai 0,4% e atinge R$ 5,8 trilhões em agosto

Segundo os dados, divulgados nesta quarta-feira (28/9) pela Secretaria do Tesouro Nacional, houve redução no custo médio e alongamento no prazo dos títulos do governo

Rafaela Gonçalves
postado em 28/09/2022 16:00 / atualizado em 28/09/2022 16:00
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

A dívida pública federal do Brasil caiu 0,4% em agosto ante o mês de julho, ficando em R$ 5,781 trilhões. Segundo os dados, divulgados nesta quarta-feira (28/9) pela Secretaria do Tesouro Nacional, houve redução no custo médio e alongamento no prazo dos títulos do governo. A redução do estoque da dívida foi explicada por um resgate líquido de R$ 56,6 bilhões de reais e uma apropriação positiva de juros no valor de R$ 33,6 bilhões de reais.

De acordo com o Tesouro, agosto foi marcado pela melhora do mercado externo, com dados econômicos mostrando inflação mais contida nos Estados Unidos, o que impulsionou o apetite por ativos de países emergentes.

No período, a dívida pública mobiliária interna teve recuo de 0,42%, a R$ 5,536 trilhões de reais. O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses caiu, passando de 10,76% ao ano em julho para 10,63% no mês passado. Na dívida interna, o custo do estoque recuou de 11,00% ao ano para 10,89%. O custo médio das novas emissões da dívida interna também caiu, indo de 12,09% para 11,88% ao ano.

No período, também houve um alongamento do prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 3,96 anos, ante 3,90 anos registrados em julho. Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma redução de 2,69% em agosto, a 1,146 trilhão. O montante ainda é suficiente para quitar 10,24 meses de vencimentos de títulos, valor considerado confortável - em julho, estava em 9,49 meses.

No cenário econômico para o mês de setembro, o Tesouro vê com persistência a pressão inflacionária global, o relatório destaca os apertos monetários adicionais, elevando a probabilidade de recessão global. "O ajuste nas taxas de juros de países centrais gerou movimento de aversão ao risco, o que penalizou economias emergentes", disse em nota.

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