Economia

Dólar cai para R$ 5,18 com dados de desemprego nos EUA

Apesar da queda de hoje, a moeda norte-americana fechou a semana com alta de 2,11%

O aumento do desemprego nos Estados Unidos fez o dólar recuar para abaixo de R$ 5,20, após três dias seguidos de alta. A bolsa de valores subiu, mas não conseguiu reverter a queda acumulada na semana.

O dólar comercial fechou esta sexta-feira (2) vendido a R$ 5,185, com recuo de R$ 0,037 (-1,02%). A cotação chegou a cair para R$ 5,16 por volta das 15h30, mas desacelerou a queda perto do fim das negociações.

Apesar da queda de hoje, a moeda norte-americana fechou a semana com alta de 2,11%. Na segunda-feira (29), a divisa tinha caído para R$ 5,03, antes de a divulgação de dados da economia norte-americana trazerem pessimismo ao mercado internacional. Em 2022, o dólar acumula recuo de 7,01%.

Na bolsa de valores, o dia foi marcado pela recuperação. Depois de três quedas consecutivas, o índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 110.864 pontos, com alta de 0,42%. O indicador resistiu à queda das bolsas norte-americanas, graças a ações de construtoras e de bancos. Mesmo com os ganhos de hoje, a bolsa encerrou a semana com recuo de 1,28%.

O mercado financeiro global teve um dia de alívio após a divulgação de dados mistos do mercado de trabalho norte-americano. Embora a maior economia do planeta tenha criado 315 mil empregos em agosto, a taxa de desemprego subiu para 3,7%, por causa de novas pessoas que passaram a procurar trabalho.

O aumento do desemprego reduziu as pressões para que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) eleve os juros em 0,75 ponto percentual na reunião deste mês. Uma eventual desaceleração da economia norte-americana poderia fazer o Fed elevar os juros em 0,5 ponto no próximo encontro.

Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil. Nos últimos dias, a divulgação de dados do seguro-desemprego e do desempenho da indústria norte-americana provocaram tensão no mercado, ao reforçar a impressão de que as altas de juros recentes ainda não foram suficientes para debelar a inflação nos Estados Unidos, que está no maior nível em 41 anos.

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