CONSUMIDOR

Inadimplência cresce em agosto e atinge 67,9 milhões de brasileiros

Entre aqueles que negociaram as suas dívidas em agosto, as mulheres foram as que mais limparam o nome, correspondendo a 54% do total, frente a 46% dos homens

O número de brasileiros que não conseguem quitar as suas contas segue crescendo em 2022. Em agosto, os inadimplentes somaram 67,9 milhões de pessoas, um aumento de 0,5% em relação a julho. Contudo, a alta foi uma das menores registradas no ano devido ao crescimento do número de negociações de dívidas realizadas pelos credores.

As dívidas mais negociadas em agosto foram as telecomunicações (41%), seguido pelas securitizadoras (24%) e bancos (15%). A maior parte dos inadimplentes deve a bancos e cartões (28,8%), seguido de Utilities, contas básicas como água, gás e luz (22,1%), e financeiras (13,8%).

De acordo com Aline Maciel, gerente do Serasa Limpa Nome, o órgão promoveu ações para reduzir o número de devedores no país. “Monitoramos o crescimento da inadimplência desde o início do ano e por isso promovemos, em agosto, um mutirão nacional que representou um alívio no cenário graças ao aumento das dívidas negociadas”, explica.

Em agosto, o Serasa Limpa Nome intermediou negociações entre 1,8 milhão de pessoas e 50 empresas, alcançando o saneamento de 2,8 milhões de dívidas. “Como os brasileiros estão com o orçamento mensal apertado, a negociação de dívidas com parcelamento foi uma solução buscada para aumentar o número de regularização de débitos, o que de fato ocorreu”, complementa.

Entre os estados, São Paulo fica no topo do ranking com 16,07 milhões de inadimplentes, seguido do Rio de Janeiro (6,86 milhões) e Minas Gerais (6,47 milhões).

Consumidores

Entre aqueles que negociaram as suas dívidas em agosto, as mulheres foram as que mais limparam o nome, correspondendo a 54% do total, frente a 46% dos homens. Em relação à faixa etária, consumidores de 30 a 40 anos lideraram as negociações, com 30%.

Contudo, mulheres também são maioria entre aqueles que seguem endividados: 0,2% dos inadimplentes são do sexo e feminino e 49,8% do sexo masculino. Já na avaliação das idades, a faixa etária em destaque é entre 26 e 40 anos (35,6%), seguido por 41 a 60 anos (34,2%).

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