COPA DO MUNDO 2022

"Kit Copa do Mundo" tem inflação de dois dígitos e deve impactar torcedores

Pesquisa da XP Inc. mostra que itens mais consumidos durante o evento, como carnes, bebidas, uniformes e televisões registram inflação de dois dígitos desde 2018

Yasmin Rajab
postado em 07/10/2022 16:19 / atualizado em 07/10/2022 17:45
Itens como carnes, bebidas, televisões e uniformes registram inflação de até dois dígitos -  (crédito: Meat House Prime/Divulgação)
Itens como carnes, bebidas, televisões e uniformes registram inflação de até dois dígitos - (crédito: Meat House Prime/Divulgação)

Faltam pouco menos de dois meses para o início da Copa do Mundo 2022 e os torcedores já podem se preparar para a maior competição de futebol do mundo. Apesar da animação, contudo, os brasileiros podem se decepcionar na hora de comprar os "itens essenciais" para curtir os jogos de futebol. 

Uma pesquisa divulgada pela XP Inc. nesta sexta-feira (7/10) mostra que os itens mais consumidos durante o evento esportivo chegam a custar até o dobro do preço em comparação com a última Copa do Mundo, realizada em 2018.

Itens como carnes, bebidas, televisões e uniformes registram inflação de até dois dígitos. A camisa da seleção, por exemplo, registra alta de 100% em relação a última edição do campeonato.

Outro produto importante para acompanhar os jogos é a televisão. O levantamento revela que se o brasileiro quiser trocar o aparelho por um modelo mais atual, deverá desembolsar em média 17% a mais que em 2018. Apesar da alta, a TV é o único item que registrou quedas de preço desde 2006, mas os efeitos da pandemia fizeram com que os valores voltassem a subir.

Churrasco mais caro

A inflação afetará até mesmo o churrasco dos torcedores, momento comum entre os brasileiros que acompanham a copa. Para continuar seguindo a tradição de se reunir com os amigos, será necessário gastar em média 80% a mais para comprar a carne, 18% para cerveja e 24% para refrigerante.

"A alta da carne está associada a maior demanda global, elevação dos custos de grãos e queda da área de pastagens com a crise hídrica de 2020 e 2021. Cervejas e refrigerantes, em paralelo, tiveram alta relevante de custos, especialmente de embalagens, com cotação em dólares", afirma — por nota à imprensa — Vanessa Thomé, líder regional da XP no Centro-Oeste.

Aqueles que optarem por assistir os jogos em estabelecimentos como bares e restaurantes terão o gasto de 15% a mais com a cerveja e 20% com a água e refrigerantes. "A inflação é levemente menor em comparação à compra no supermercado, mas vale lembrar que, na média, consumir fora do domicílio é 15% mais caro", ressalta a executiva.

Vestuário verde e amarelo também ficou mais caro

As camisas da Seleção Brasileira e o álbum de figurinhas também não escaparam da inflação. Segundo o site oficial da Nike, o custo de uma camisa oficial é de R$ 349,99, superando em 40% o valor pago em 2018, bem acima da inflação acumulada no período (26,8%).

A pesquisa explica que o setor de vestuário vem batendo recordes para variação em 12 meses (a maior desde 1995), e chegou a alcançar 16,66 em julho. Alguns fatores que influenciaram o resultado foram os desajustes nas cadeiras que fornecem a matéria prima para o setor e a retomada do consumo com a reabertura da economia.

O preço do álbum de figurinhas da Copa do Mundo também espantaram os torcedores, subindo 16,5%. Já o pacote de figurinhas dobrou de preço.

Cobertura do Correio Braziliense

Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação