Alimentação

Consumo das famílias nos supermercados avança 7,23% no mês de agosto

Neste ano, o resultado também segue positivo, com aumento de 2,67% na comparação com os oito primeiros meses de 2021

Raphael Pati*
postado em 13/10/2022 16:56 / atualizado em 13/10/2022 17:01
 (crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)
(crédito: ED ALVES/CB/D.A.Press)

O consumo de alimentos vendidos em supermercados segue crescendo no Brasil, como indica um levantamento conduzido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A pesquisa indicou que, em agosto, esse índice teve aumento de 7,23%, comparado ao mesmo mês do ano passado. O consumo nos lares brasileiros também segue em alta em relação ao ano passado. Nos oito primeiros meses do ano, o aumento é de 2,67% frente ao mesmo período em 2021.

Se comparado com julho, o mês de agosto teve um resultado ainda mais expressivo, com 6,12% de crescimento. Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, isso é resultado da queda da inflação, alavancado pelos programas sociais do governo. “Na conjuntura econômica, o crescimento das vagas de emprego formal, o aumento no valor dos benefícios sociais, como o Auxílio Brasil, e a queda nos preços dos alimentos contribuíram para o crescimento do consumo nos lares.”

Alimentos mais baratos

O levantamento também identificou uma queda nos preços de alimentos vendidos em supermercados. De acordo com a associação, a queda foi de 9,89% no preço desses produtos no terceiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano anterior. É a segunda deflação seguida medida pela pesquisa, que destaca a queda de alimentos básicos como leite, óleo de soja, feijão e açúcar como fatores decisivos para o resultado.

Em agosto, o preço do leite longa vida registrou queda de 13,71%. Outros alimentos também seguiram essa tendência, como óleo de soja (-6,27%), feijão (-4,78%), tomate (-3,82%), carne bovina (-1,17%) e açúcar refinado (-1,07%).

Ainda houve aumento entre alguns outros produtos, como cebola (11,22%), farinha de mandioca (3,98%), batata (2,76%) sabão em pó (2,42%) e sabonete (1,94%), consideradas as principais altas, segundo a associação.

“A deflação já começa a ser percebida pelo consumidor nas gôndolas do supermercado, principalmente nos alimentos que foram fortemente impactados pelo conflito no leste europeu, como o óleo de soja e outros derivados das commodities agrícolas. Outros fatores, como o fim da entressafra na cadeia leiteira, tendem a pressionar menos o preço dos lácteos que tiveram alta expressiva nos últimos meses”, analisa Milan.

Vale destacar que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro registrou deflação de -0,29% — terceiro resultado negativo para a inflação, o que não ocorria desde 1998.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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