Imposto de Renda

Guedes nega retirada de dedução de despesas com saúde e educação do IR

A medida representaria uma economia de R$ 30 bilhões para o caixa do governo e, assim, compensaria em parte as promessas que o presidente Bolsonaro, que concorre à reeleição, tem feito na campanha

O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a negar nesta terça-feira (25/10), durante evento da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), que mudará as regras para corrigir o salário mínimo e que acabará com as deduções de saúde e educação do Imposto de Renda.

Como mostraram o jornal O Estado de S. Paulo e o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), a equipe de Guedes defendeu por escrito o fim dos descontos com despesas médicas e de educação no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF).

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A medida representaria uma economia de R$ 30 bilhões para o caixa do governo e, assim, compensaria em parte as promessas que o presidente Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, tem feito na campanha. Guedes, entretanto, negou que tomará essa medida.

"Não deixem que roubem sua tranquilidade, já roubaram muita coisa. Sai um fake news por dia à medida que nos aproximamos da eleição. Tenho que desmentir as medidas deslavadas que estão sendo contadas todos os dias. Trabalhadores, aposentados e pensionistas receberam aumentos mesmo durante a pandemia. Possivelmente algum petista dentro do ministério pega um trabalho sem aval nosso e passa pra jornalista. Vencida e ultrapassada a pandemia, aumentos de salários e benefícios podem ser inclusive acima da inflação", disse o ministro.

Segundo Guedes, o sonho do governo Jair Bolsonaro é que o País tenha uma grande economia de mercado, com classe média forte. O ministro ainda afirmou que esse processo passa pelo fortalecimento do cooperativismo.

"Esperamos ter contato mais próximo com cooperativismo em segundo mandato. Tem gente do outro lado querendo acabar com simples e regimes especiais para cooperativas. Tentamos colocar cooperativas dentro de todos os regimes. Faremos transição para IVA, OCDE dá parâmetro para isso", declarou Guedes.

Sem pacote

O ministro da Economia voltou a afirmar que o governo não pretende lançar um pacote de medidas que vai assustar e trazer danos para empresários e para a classe média. Segundo ele, todas as medidas tomadas pelo governo são anunciados pela equipe econômica, com antecedência e em diálogo com a sociedade.

"Não vamos dar susto em ninguém, não tem pacote do Guedes. Tudo o que vamos fazer anunciamos antes. Toda Arca de Noé tem um pica-pau. Aqui no Ministério da Economia também tem um petista com uma picareta", disse o ministro.

Projeções

Guedes afirmou que o Brasil deve crescer entre 3% e 4% nos próximos 10 anos. Segundo ele, esse processo passa pela reforma tributária, que deve melhorar o ambiente de negócios.

Declarou também que a reforma tributária, que prevê a tributação de lucros e dividendos, está paralisada no Senado, após ser aprovada pela Câmara. Segundo ele, se o presidente Bolsonaro for reeleito, a proposta avançará no Congresso.

Guedes também relembrou que o governo investiu na em tecnologia para digitalizar os serviços oferecidos aos brasileiros. "O Brasil está saindo do sétimo lugar em direção ao segundo lugar como melhor governo digital do mundo", disse.

PPSA

O ministro da Economia afirmou que o governo estuda vender R$ 380 bilhões em contratos da PPSA. Entretanto, ele não deu detalhes sobre como será esse processo. Segundo o ministro, parte da imprensa é militante e tem recebido informações de servidores que ele chamou de petistas.

"Por que não vazaram que queremos vender R$ 380 bilhões de contratos da PPSA? Isso é um estudo. Querem criar desassossego na classe média brasileira. Deixo claro para classe média brasileira que não vamos tirar as isenções das despesas com saúde e educação. Tem petista aqui dentro, eles fazem um documento e vazam pra imprensa como se fosse plano do governo. Foi descartado por mim tirar dedução do IR dois anos atrás", disse o ministro.

Segundo Guedes, o governo estuda aumentar isenções de IR para as classes mais baixas.

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