Juros

Copom segura juros e mantém taxa Selic em 13,75% ao ano

Em sua última reunião deste ano, realizada nesta quarta-feira (7/12), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic)

Rafaela Gonçalves
postado em 07/12/2022 18:56 / atualizado em 07/12/2022 19:37
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Na última reunião deste ano, realizada nesta quarta-feira (7/12), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano. Essa foi a terceira vez consecutiva em que o Comitê decidiu segurar os juros nesse patamar. O ciclo de aperto monetário, iniciado em março de 2021 com a taxa no piso histórico de 2% ao ano, foi encerrado na reunião de agosto.

A decisão veio em linha aos sinais de desaceleração da inflação, mas ficou aberta a janela para novo aumento de juros, caso seja necessário. “O Comitê se manterá vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa básica de juros por período suficientemente prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação”, diz o comunicado.

A manutenção já era esperada pelo mercado, dada a incerteza sobre o tamanho do gasto fiscal no ano que vem com o novo governo e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de Transição, que começou a ser votada hoje no Senado.

“Veio muito em linha com o que Roberto Campos Neto vinha dizendo, de que a gente não tem ainda uma definição do tamanho do rombo fiscal que possa dar indício de aumento da taxa de juros no momento. Então a gente pode começar a subir no começo do ano que vem”, avaliou Gabriel Meira especialista e sócio da Valor Investimentos.

No documento, foi destacado ainda que a conjuntura, particularmente incerta no âmbito fiscal, requer serenidade na avaliação dos riscos. “O Comitê acompanhará com especial atenção os desenvolvimentos futuros da política fiscal e, em particular, seus efeitos nos preços de ativos e expectativas de inflação, com potenciais impactos sobre a dinâmica da inflação prospectiva”, ressalta a nota.

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