Eletricitários protestam por reestatização da Eletrobras

Empresa brasileira de energia abriu o capital em 2022, mas União permanece com 40% das ações, enquanto trabalhadores pedem a reversão do processo de privatização.

Michelle Portela

postado em 28/12/2022 18:43 / atualizado em 28/12/2022 18:45

(crédito: Marcondes (Stiu-DF))

Trabalhadores da Eletrobras seguem mobilizados em Brasília pedindo a reestatização da empresa brasileira de energia elétrica. Nesse contexto, o relatório do grupo de Minas e Energia do grupo de transição do novo governo indica que o grupo analisa a "viabilidade econômica, jurídica e política da adoção de medidas que permitam que a União tenha direito a voto proporcional ao número de ações ordinárias".

Os eletricitários permanecem com faixas no Eixo Monumental, à altura do Hotel Meliá, no Setor Hoteleiro Sul, onde está hospedado o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Eles pedem que o governo priorize o tema. 

"Recentemente o presidente Lula pediu que fosse pressionado para que pudesse agir, trabalhar. É isto que estamos fazendo. Sabemos que a Privatização da Eletrobras foi um jogo de cartas marcadas. De lá pra cá a empresa registrou prejuízo e perdeu os recentes leilões de transmissão da ANEEL. De novidade mesmo só a imoralidade dos super salários da alta direção. Temos caminhos muito viáveis para reestatizar e vamos seguir pressionando. Não vamos desistir da luta", explica Nailor Gato, coordenador nacional do Coletivo Nacional dos Eletricitários (CNE).

Atualmente, o novo governo avalia aumentar o poder sobre a Eletrobras (ELET3), empresa da qual o governo detém 40% das ações da empresa, após conturbado processo de privatização finalizado em junho de 2022. O relatório do GT de Minas diz que  “inquieta e deve ser foco de atenção a perda por parte da União da possibilidade de influenciar os rumos da Eletrobras”.

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