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Renúncia de Paes de Andrade abre caminho para Jean Paul na Petrobras

Renúncia do presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, nesta quarta-feira (4/1), abre caminho agora que a confirmação do nome do senador Jean Paul Prates (PT) ocorra já nos próximos dias

Michelle Portela
postado em 04/01/2023 18:35 / atualizado em 04/01/2023 18:41
 (crédito: André Motta de Souza/Agência Petrobras)
(crédito: André Motta de Souza/Agência Petrobras)

A renúncia do presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, nesta quarta-feira (4/1), abre caminho agora que a confirmação do nome do senador Jean Paul Prates (PT) ocorra já nos próximos dias, de acordo com a assessoria de imprensa do parlamentar. Ao longo dia, as ações da estatal apresentaram alta com a espera do mercado quanto às primeiras medidas a serem adotadas pelo novo comando da empresa de petróleo e gás.

As ações da Petrobras (PETR4) registravam alta de 3,45% no fim da tarde desta quarta-feira, cotadas a R$ 23,11, reagindo positivamente após o Conselho de Administração da Petrobras receber a formalização da renúncia de Paes de Andrade, o último dos quatro presidentes indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em meio ao desespero eleitoral que levou à criação de uma política de controle de preços de combustíveis.

A vacância obrigou o grupo a nomear, como presidente interino da companhia, o diretor executivo de Desenvolvimento da Produção, João Henrique Rittershaussen. A partir de agora, o colegiado deverá analisar a indicação de Prates, mas os próximos passos ainda não estão definidos, conforme a assessoria de imprensa da Petrobras. Isto porque a formalização da indicação do senador foi recebida pelo Conselho ainda na terça-feira (3/1), para o cargo de presidente e membro do conselho de administração da estatal, a partir de ofício do Ministério de Minas e Energia (MME).

Transição

O Correio teve acesso ao relatório final do GT de Minas e Energia da equipe de transição, no qual é tratado como prioridade a revisão do Plano Estratégico da Petrobras. Ainda em dezembro, o novo governo pediu ao governo Bolsonaro para se abster de qualquer ação prevista no planejamento, como a suspensão das vendas das refinarias.

O documento diz que “medidas emergenciais e prioritárias [que] são fundamentais para que seja possível a revisão dessas políticas do setor de petróleo, gás e biocombustíveis”, sendo fundamental, em primeiro lugar, é central uma revisão do Plano Estratégico (PE) da Petrobras, uma vez que o PE, divulgado em 2022 (2023-2027), é insuficiente para retomar a participação da estatal em setores-chave, principalmente o mercado de abastecimento (refino e distribuição) e de biocombustíveis”.

O documento também fala em um “novo PE” (plano estratégico) para a Petrobras, que serviria para dar suporte à “criação de uma política pública de expansão do refino nacional”.

Também nesta quarta-feira, Prates destacou em entrevistas que a política de preços deverá seguir o mercado internacional, contudo, sem significar permanecer com uma Política de Paridade de Preços (PPI). “Não vai desvincular com preço internacional, vai desvincular da paridade de importação. Sem forçar, sem impor tabelamento, sem absolutamente nenhuma intervenção direta no mercado. Apenas usando a vantagem competitiva de quem está aqui versus quem está lá fora”, disse. 

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