Conjuntura

PIB dos EUA cresce 2,1% em 2022, mas consumo não acompanha

Aumento foi 2,9% no quarto trimestre de 2022, o segundo consecutivo; No terceiro trimestre, PIB real aumentou 3,2%

Correio Braziliense
postado em 26/01/2023 17:44 / atualizado em 26/01/2023 22:10
 (crédito: Brendan Smialowski / AFP)
(crédito: Brendan Smialowski / AFP)

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos aumentou 2,9% no quarto trimestre de 2022, de acordo com dados do Departamento de Comércio dos EUA, divulgados nesta quinta-feira (26/01). O resultado ficou levemente acima das estimativas do mercado, de 2,6%. Essa foi a segunda subida consecutiva da taxa, já que, no terceiro trimestre, a economia norte-americana registrou expansão de 3,2%.

Apesar desse avanço, o consumo das famílias subiu apenas 2,1%, menos que a previsão da agência (de 2,9%), o que sinaliza efeito dos juros sobre a demanda. O dado levanta dúvidas sobre se a economia americana seguirá crescendo nos próximos meses, já que o consumo é o principal motor do PIB americano.Os números divulgados nesta quinta são uma estimativa do departamento baseados em dados ainda incompletos ou sujeitos a revisão posterior. A segunda estimativa, baseada em dados mais completos, será divulgada em 23 de fevereiro.

O executivo Carlos Vaz, CEO da Conti Capital, gestora de investimentos nos EUA, se surpreendeu com o índice. Ele esperava que o aumento fosse um pouco maior. "Apesar de eu, particularmente, achar que o índice viria um pouco maior, acho que o PIB anunciado hoje condiz com a leitura de um cenário que considera o mercado de trabalho ainda forte e os gastos dos consumidores mantendo a economia dos EUA, apesar do aumento das taxas de juros”, explica.

Vaz acredita na possibilidade de que os EUA conquistem um “pouso econômico suave”, mas ponderou que quando as taxas de juros sobem, há risco de recessão econômica. “Já é sabido que o Fed ainda vai seguir com novos aumentos, apesar de mais brandos. E, nesse caso, poderemos ver os EUA entrarem em uma recessão técnica já no segundo trimestre de 2023”, alertou. “Porém, se isso acontecer, não acho que será algo duradouro ou severo, visto que cada lugar e setor vai sentir os efeitos disso de uma maneira, a depender da solidez ou resistência que adquiriu até aqui”, completou Carlos Vaz.

 

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