IBGE

Setor de serviços fecha 2022 com alta de 8,3% e atinge patamar recorde

Apenas em dezembro o setor apresentou expansão de 3,1%, sendo o maior patamar da série histórica, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira (10/2)

Rafaela Gonçalves
postado em 10/02/2023 10:21 / atualizado em 10/02/2023 10:21
 (crédito:  Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

O setor de serviços apresentou expansão de 3,1% em dezembro de 2022, maior patamar da série histórica, iniciada em 2011. É o que mostra a Pesquisa Mensal de Serviços, divulgada nesta sexta-feira (10/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta faz o segmento fechar em crescimento pelo segundo ano seguido, com 8,3% na taxa anual, ampliando o distanciamento com relação ao nível pré-pandemia para 14,4% acima do volume apresentado em fevereiro de 2020.

Para o analista da pesquisa, Luiz Almeida, a intensificação na retomada de serviços presenciais após os períodos de isolamento e distanciamento social de 2020 e 2021 ajuda a explicar a expansão em 2022. Principalmente no ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (13,3%), a principal influência para o resultado do ano.

“O setor de transportes cresce desde 2020, mas com dinâmica diferente: inicialmente, por causa da área de logística, com alta nos serviços de entrega, em substituição às compras presenciais. Já em 2022, há a manutenção da influência do transporte de carga, puxado pela produção agrícola, mas também pela reabertura e a retomada das atividades turísticas, impactando o índice no transporte de passageiro”, explica o pesquisador.

Serviços profissionais, administrativos e complementares foi o segundo setor com maior impacto no resultado, registrando expansão de 7,7%. Neste caso, destaque para ramos como empresas de locação de automóveis, serviços de engenharia, soluções de pagamentos eletrônicos e organização, promoção e gestão de feiras, congressos e convenções.

Atividades presenciais

A alta em serviços prestados às famílias, terceira influência na lista, foi de 24%, puxada por segmentos como restaurantes, hotéis, buffet, catering e condicionamento físico. “Em linhas gerais, setores também ligados a atividades presenciais”, reforça Almeida. Fecha o campo das altas o setor de informação e comunicação, com crescimento de 3,3%.

O único segmento a apresentar retração no ano de 2022 foi o setor de outros serviços (-2,1%), sob a influência de serviços financeiros auxiliares como corretoras de títulos e valores mobiliários, administração de bolsas e mercados de balcão organizado, e administração de fundos por contrato ou comissão.

Neste caso, o movimento também tem a ver com a retomada de serviços presenciais, mas de maneira inversa. “Durante os períodos de isolamento mais severos, as famílias de maior renda, que participam mais desse segmento, realocaram o gasto para esse setor. Com a retomada pós-isolamento, a leitura é que a distribuição de investimentos mudou, com uma realocação dos gastos familiares”, afirma o pesquisador.

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