Jornal Correio Braziliense

Conjuntura

Produção industrial encerra 2022 com queda de 0,7%, aponta IBGE

Recuo foi disseminado e atingiu todas as quatro grandes categorias econômicas

A produção industrial encerrou o ano de 2022 com queda de 0,7% em comparação ao ano anterior, quando havia fechado com alta de 3,9%. De acordo com os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgados nesta sexta-feira (3/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo foi disseminado e atingiu todas as quatro grandes categorias econômicas.

A maior influência foi do setor de indústrias extrativas (-3,2%), puxado pelo minério de ferro. Outros segmentos também se destacaram, como produtos de metal (-9%), metalurgia (-5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,7%) e produtos de borracha e de material plástico (-5,7%).

Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, a indústria tem comportamento predominantemente negativo nos últimos anos. "Muito do crescimento de 2021 (3,9%) tem relação direta com a queda significativa de 2020, ocasionada por conta do início da pandemia. Avançou em 2021, mas foi influenciada por uma base baixa de comparação e não superou as perdas de 2020", relembra.

No mês de dezembro, a produção industrial mostrou variação nula (0,0%) frente a novembro, na série com ajuste sazonal. De acordo com Macedo, o setor industrial chegou a responder às medidas de incremento da renda realizadas pelo governo, como por exemplo a antecipação do 13º para aposentados e pensionistas, liberação do FGTS, adoção de medidas de estímulo ao crédito, Auxílio-Brasil e auxílio concedido aos caminhoneiros, entre outros. “Ao longo do segundo semestre, essa resposta perdeu fôlego e a indústria teve um comportamento de menor intensidade e com maior frequência de resultados negativos”, conta Macedo.

O recuo da indústria nacional em 2022 também é explicado por fatores como a taxa de juros em elevação, que afeta diretamente os custos de crédito, além da inflação, principalmente dos alimentos, que impacta na renda das famílias e, por consequência, no consumo, elenca o pesquisador. “Também há influência do aumento nas taxas de inadimplência e de endividamento. E o mercado de trabalho, que embora tenha mostrado clara recuperação ao longo do ano, ainda se caracteriza pela precarização dos postos de trabalhos gerados”, completa.

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