Selic

Haddad sobre juro alto no Brasil: "A economia não vai aguentar"

Ministro da Fazenda voltou a comentar que a decisão do governo de reonerar a gasolina e o etanol atende às condições para o início da redução da taxa Selic

Fernanda Strickland
postado em 01/03/2023 12:00 / atualizado em 01/03/2023 12:00
 (crédito: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil)
(crédito: Marcello Casal Jr/Agencia Brasil)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a economia brasileira não vai aguentar ter a maior taxa de juros do mundo. Segundo o ministro, o Banco Central (BC) precisa “fazer a parte dele”, porque ele, Haddad, já fez o que precisava ser feito.

Segundo o ministro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) queria reverter o favoritismo que beneficiava o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Apesar de ter torrado, R$ 300 bilhões durante as eleições, entre desonerações federais, desonerações do Estado e aumento do gasto público anualizado, nós estamos falando de R$ 300 bilhões”, disse em entrevista ao UOL, na manhã desta quarta-feira (1º/3).

“O que ele nos legou foi um rombo no orçamento de R$ 200 bilhões, e nos legou a maior taxa de juros do mundo, em termos reais. Nós estamos rodando, dependendo de como você faz a conta, a 6,5% e 8% de juros reais ao ano. Nenhum país do mundo pratica essa taxa hoje. E isso é a herança do governo Bolsonaro, um rombo orçamentário, e a maior taxa de juros do mundo. A economia não vai aguentar”, avisou Haddad.

Taxa Selic

O petista voltou a comentar que a decisão do governo de reonerar a gasolina e o etanol atende às condições para o início da redução da Selic (taxa básica de juros), atualmente em 13,75% ao ano — a mais alta entre as principais economias em termos nominais.

“O que eu fiz ontem foi lembrar o que estava escrito na ata. Ou seja, nós temos que harmonizar a política fiscal e a monetária, porque não existe uma coisa e outra, existe política econômica”, declarou Haddad. “O que está na ata do BC é que esta medida tomada ontem pelo presidente Lula, com muita sabedoria, contribui para a política desejável sobre os juros. Mas se vai reduzir ou não, ou quando vai reduzir, é papel da autoridade monetária, no próximo Copom, dizer”, apontou.

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