indústria automobilística

Hyundai, General Motors e Stellantis suspendem produção de automóveis

Pelo menos três grandes companhias suspenderam linhas de produção e anunciaram férias coletivas aos funcionários

Correio Braziliense
postado em 21/03/2023 03:55
 (crédito:  Hyundai /Divulgação)
(crédito: Hyundai /Divulgação)

Após dois anos de paradas forçadas por escassez de componentes, principalmente de chips, as fabricantes brasileiras de veículos voltam a interromper a produção. Desta vez, também por falta de consumidores. A desaceleração da atividade econômica, inflação alta e juros elevados frustraram as expectativas do setor e levaram empresas a ajustarem os planos de produção.

Pelo menos três grandes companhias — General Motors, Hyundai e Stellantis (dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën — suspenderam linhas de produção e anunciaram férias coletivas aos funcionários. O quadro de desaquecimento de vendas pode se prolongar até 2024, na visão de economistas do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, e novas paradas de fábricas devem ocorrer.

Ontem a Hyundai concedeu férias coletivas de três semanas para os trabalhadores dos três turnos da unidade que produz os modelos HB20 e Creta em Piracicaba (SP).

Amanhã, a Stellantis dispensa por 20 dias os funcionários do segundo turno da fábrica da Jeep em Goiana (PE). Uma semana depois, será a vez dos operários do primeiro e do terceiro turnos, por dez dias, período em que toda a produção dos SUVs Renegade, Compass, Commander e da picape Fiat Toro estará paralisada.

A General Motors também suspenderá a produção da picape S10 e do SUV Trailblazer na planta de São José dos Campos (SP) de 27 de março a 13 de abril.

Semicondutores

As montadoras alegam que a queda da demanda e a consequente necessidade de adequar os níveis de produção motivaram as interrupções. No caso das duas marcas francesas, o impacto é maior nas exportações. "Ao contrário do último biênio, em que a oferta era a principal fonte de desafios da indústria automobilística, a demanda deve ser o fator-chave para o cenário de 2023-2024", assinala o Depec, em relatório assinado pelo economistas Renan Bassoli Diniz e Myriã Bast.

Em 2019, as vendas de veículos no Brasil foram de 2,787 milhões de unidades — patamar já considerado baixo. No ano passado, esse número caiu para 2,104 milhões de unidades, ou 24,5% menos.

O setor já vinha de um desgaste forte, motivado pela falta de semicondutores. Nos últimos dois anos, 630 mil veículos deixaram de ser produzidos.

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