O presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, disse que a paridade com os preços internacionais não deve ser a forma como a empresa deve compor os preços dos combustíveis no país. “Paridade de importação não é o preço que a Petrobras deve praticar. Ponto”, disse Prates em evento que marca o lançamento Caderno FGV de Energia de Gás Natural, na sede da Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira (23/03).
O evento focado no mercado de gás natural do Brasil teve uma longa fala do presidente da empresa que garantiu que a estatal vai disputar no mercado para oferecer o melhor preço para o consumidor. “Vamos ser o melhor preço para o cliente, e o preço vai depender do tipo de cliente que estiver do outro lado, com qualquer empresa não é assim? Então porque com a Petrobras eu tenho que praticar o preço do concorrente que é o caso do PPI no caso do combustível?”, questionou o ex-senador.
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Para ele, a escolha do PPI foi uma estratégia do acionista majoritário anterior, o governo Bolsonaro, apenas para abrir o mercado de combustível para a concorrência internacional da petroleira, já que ela consegue produzir localmente a maior parte do combustível vendido no país.
Com esse argumento, Prates falou aos jornalistas que o preço da gasolina da estatal deve ser um “preço de mercado brasileiro” e não o preço de paridade internacional. Para ele a prioridade é a venda para os clientes nacionais com um preço mais baixo, “Sempre que a gente puder ter o preço mais barato para os nossos clientes, para o nosso consumidor brasileiro, a gente vai fazer isso”, afirmou o presidente da petroleira. Prates aponta que o melhor preço para a empresa é o que chega próximo ao de referência internacional, mas isso não significa, segundo o presidente, “andar exatamente em cima da linha de preço do importador”, apontou Prates.
Jean Paul Prates é ex-senador do PT e foi confirmado, na última quarta-feira, pelo Conselho de Administração da Petrobrás como presidente da empresa até 2025. Ele já comandava a petroleira de forma interina desde janeiro de 2023.
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