Jornal Correio Braziliense

Inserção no mercado

MDS e Carrefour assinam acordo para emprego a inscritos no Cadastro Único

Segundo a cooperação técnica, que será assinada nesta sexta-feira (24/3) em Teresina, Piaui, 10% das vagas do Carrefour serão destinadas aos inscritos no Cadastro Único

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), Wellington Dias, assinará amanhã (24/3) um acordo de cooperação entre a pasta e o Grupo Carrefour Brasil para gerar empregos aos inscritos no Cadastro Único, banco de dados usado para o pagamento de benefícios sociais, como o Bolsa Família.

Segundo a pasta, devido ao acordo, pessoas que dependem do Bolsa Família poderão trocar o cartão do programa por uma carteira de trabalho assinada. Assim, pelos próximos 12 meses, ao menos 10% das vagas de trabalho do Carrefour serão destinadas aos inscritos no Cadastro Único maiores de 18 anos. O acordo será assinado em Teresina, Piauí, durante a inauguração de um atacadão.

"O Carrefour aceitou o desafio de selecionar pessoas do Cadastro Único, beneficiárias do Bolsa Família, e trabalhar a qualificação de caixas, pessoal de estoque, de limpeza, de atendimento. O resultado é que parte das contratações para o emprego, após aprovação na qualificação, será de mulheres e homens que estavam desempregados", declarou Dias.

Programa poderá atender mais famílias, diz ministro

Segundo o ministro, alguns dos beneficiados pelo acordo são famílias nas quais a renda vai passar de meio salário mínimo por pessoa. Com isso, elas poderão sair do Bolsa Família. "Com esse dinheiro economizado, vamos atender outras famílias que muito precisam. Será um sonho realizado, mas apenas um começo", acrescentou.

Para o secretário nacional de Inclusão Socioeconômica, Luiz Carlos Everton, a pasta quer que os beneficiários do Bolsa Família tenham acesso ao mercado de trabalho e, consequentemente, possam deixar o programa. "O objetivo é promover a emancipação socioeconômica", afirmou.

Já a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome do MDS, Valéria Burity, destacou que as famílias com membros empregados são as menos afetadas pela fome. "Então, um emprego formal é, de fato, algo muito importante", frisou.