Jornal Correio Braziliense

Plano de Saúde

Conta do rol da ANS não fecha, afirma ex-presidente da ANS

"Tudo o que foi construído nos últimos anos esta sendo jogado fora por interferência de outros poderes", diz Rogério Scarabel, ex-presidente da Agência Nacional de Saude (ANS)

“Tudo o que se foi construído nos últimos anos está sendo jogado fora por interferência de outros poderes”. É o que afirma Rogério Scarabel, ex-presidente da Agência Nacional de Saude Suplementar (ANS). A declaração ocorreu nesta segunda-feira (27/3), durante o seminário "Jurisprudência e Perspectivas", organizado pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA).

Scarabel destacou que o índice de sinistralidade registrada pelos planos de saúde já chega a 90%. Isso significa que o montante pago pelos pacientes aos planos é utilizado quase que na sua totalidade.

“O Brasil é o oitavo maior mercado de saúde do mundo. Remunerar por quantidade e não pela qualidade não tem mais espaço no mundo”, disse Scarabel.

O Senado aprovou, em agosto do ano passado, um projeto de lei que obriga planos de saúde a cobrirem tratamentos não previstos pela ANS, colocando fim ao chamado “rol taxativo” (PL 2.033/2022).