Jornal Correio Braziliense

BRASÍLIA

Projeto capta R$ 2,7 milhões para startups e apresenta impactos de dois anos

Inicialmente, previsão era de que atividades ocorressem em 18 meses, mas cronograma se estendeu para 24 meses, sem aporte financeiro adicional do poder público

Os resultados do projeto Startup Brasília 2030 vinculados ao edital de 2019 da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) foram apresentados na noite desta quinta-feira (13/4), em evento na Torre Digital de Brasília.

De acordo com Hugo Giallanza, presidente da anfitriã do evento, a Brasil Startups, o valor alcançado com o certame e investido entre 2020 e 2022 em empresas do tipo foi de R$ 2,7 milhões.

O impacto está na casa de 12 milhões de negócios conectados no período, afirmou o gestor. Inicialmente, a previsão era de que as atividades ocorressem em 18 meses, mas o cronograma se estendeu para 24 meses, sem aporte financeiro adicional, complementou Giallanza. Autoridades como Marco Antônio Costa, da FAP-DF; Gustavo Amaral, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação; e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) participaram da agenda.

“Somos no ecossistema 900 startups. Em 2012, éramos 29”, afirmou Giallanza. O foco da startup junto a parceiros e ao setor público é o crescimento do mundo digital. Entre as metas está a de tornar o Distrito Federal uma referência em tecnologia e negócios digitais. “A FAP-DF tem feito o esforço de ser, por meio de edital, um ator efetivo de conexão entre governo, academia e setor produtivo”, declarou Costa Júnior.

O secretário do setor no DF defendeu que os resultados alcançados com as iniciativas representam “a união de segmentos que buscam a mesma coisa, o estabelecimento, o cumprimento e a superação das metas. A demanda da startup é uma demanda do governo e da secretaria (de Ciência, Tecnologia e Inovação)”.

O ranking que aponta que Brasília passou de 69ª para a 4ª colocação entre as cidades empreendedoras também foi celebrado pelos presentes. A informação consta no levantamento da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) com apoio da Endeavor, rede internacional de apoio a empreendedores. Brasília está atrás apenas de São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Joinville (SC).

O estudo publicado ao final do mês passado avaliou os 101 municípios mais populosos do país. Dos sete pontos avaliados pela pesquisa, quatro estimularam o crescimento: infraestrutura e mercado, em que a cidade apareceu na terceira posição em ambos; cultura empreendedora, em que Brasília é a quarta; e o acesso à capital, em que está no nono lugar.

Em breve fala, o senador Izalci Lucas sinalizou que a capital federal tem potencial para se tornar a grande referência nacional no segmento dos negócios ligados à tecnologia digital. “Foi um desafio muito grande. Éramos muito pequenos e tivemos que crescer muito rápido”, ponderou Giallanza sobre o trabalho entre 2020 e 2022.

“Se a gente permanece, propaga um desenvolvimento maior”. Ao mencionar os projetos futuros, o presidente da Brasil Startups pontua que, a fim de não depender apenas de editais para alcançar recursos públicos e na perspectiva de sustentabilidade financeira, a instituição criou um Fundo Patrimonial, para recursos próprios.

O projeto contemplou, entre outros números, 913 startups, que foram observadas; 453, que foram mapeadas; 201, que foram acompanhadas. Um total de 57 meets foram realizados, com pelo menos 1.700 participantes.