Silveira diz que indicado para Eletronuclear é "correlato ao setor elétrico"

O ministro Alexandre Silveira foi à Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (3/5), para prestar esclarecimentos sobre a indicação e apresentar os projetos da pasta para 2023

Rafaela Gonçalves

postado em 03/05/2023 16:51

(crédito: Will Shutter / Câmara dos Deputados)

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD-MG), defendeu o nome do advogado Raul Lycurgo para o comando da Eletronuclear. Segundo ele, o indicado é “correlato” ao setor elétrico.

“Tem, sim, uma vasta experiência na gestão pública. É procurador-geral de carreira, já passou pelo setor elétrico, foi diretor da Cemig, presidente da Taesa, que é a maior empresa de transmissão do Brasil. É correlato ao setor elétrico”, disse.

Ele participou da Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, na manhã desta quarta-feira (3/5), para prestar esclarecimentos sobre a indicação e apresentar os projetos da pasta para 2023. Os questionamentos foram feitos pelos deputados Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) e Julio Lopes (PP-RJ), que afirmaram que Lycurgo não possui conhecimento técnico na área de usinas nucleares.

• Governo consegue emplacar 6 indicações no novo Conselho da Petrobras
• Planalto e aliados apertam o cerco ao ministro de Minas e Energia
• Ministro diz que vai discutir mudança na política de preços da Petrobras

A indicação ainda depende de aprovação da assembleia da Eletronuclear. O nome do advogado também foi alvo de críticas por parlamentares da Frente Parlamentar Mista de Tecnologia e Atividades Nucleares.

Currículo

Lycurgo é mestre em direito internacional pela American University — Washington College of Law, pós-graduado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) em Direito e Política Tributária e também em Direito Econômico e das Empresas, além de bacharel em Direito pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília. Ele também atuou como Procurador Federal da Advocacia-Geral da União (AGU) de 2002 até junho de 2017, e como Diretor Jurídico da Cemig entre 2015 e 2017.