VEÍCULOS

Com recorde de fábricas paradas, produção de carros registra queda de 19%

O total de 178,9 mil unidades produzidas em abril foi 19,4% inferior ao de março e 3,9% menor que o número de de abril do ano passado, quando a crise dos semicondutores estava em seu momento mais crítico

Fernanda Strickland
postado em 08/05/2023 13:46 / atualizado em 08/05/2023 13:49
 (crédito: REUTERS/Washington Alves)
(crédito: REUTERS/Washington Alves)

Das 13 paralisações de fábricas registradas no ano, nove delas ocorreram em algum período de abril, o que afetou o volume de produção no mês. O total de 178,9 mil unidades produzidas no mês foi 19,4% inferior ao de março e 3,9% menor que o volume de abril do ano passado, quando a crise dos semicondutores estava em seu momento mais crítico. No acumulado do ano, 714,9 mil autoveículos foram produzidos no país, alta de 4,8% sobre o primeiro quadrimestre de 2022.

balanço apresentado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) também apontou queda nos volumes de emplacamentos em abril, em parte justificada pelos 5 dias úteis a menos em relação a março. As 160,7 mil unidades emplacadas representaram um recuo de 19,2% sobre o volume de março, e um acréscimo de 9,2% sobre o mesmo mês do ano passado.

“Mesmo com as dificuldades de crédito e juros elevados que afetam sobretudo as vendas no varejo, emplacamos até agora 633 mil unidades em 2023, 14% a mais que no ano passado, quando a crise era somente de falta de oferta”, analisou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.

Leite destacou ainda que a média diária de vendas de autoveículos em abril foi a melhor do ano, com 8,9 mil unidades/dia, mas que boa parte desse crescimento se deve à demanda reprimida das locadoras. No mês, 50% dos emplacamentos de automóveis e comerciais leves foram em Vendas Diretas, canal que inclui locadoras, pessoas jurídicas, taxistas, frotas corporativas, PCD, governo, produtores rurais etc.

Exportações

Abril também foi um mês de queda para as exportações, refletindo o recuo dos principais marcados para os quais o Brasil envia produtos: Argentina -13%, México -18%, Colômbia -20% e Chile -48%.

Além disso, houve uma intensa restrição das importações na Argentina por questões cambiais ao longo das três primeiras semanas do mês. O total das exportações foi de 34 mil unidades, queda de 24% sobre março e sobre abril de 2022.

 

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