ZONA DO EURO

Comissão Europeia avalia que economia do bloco deve crescer 1,0% neste ano

Projeção anterior apontava para um crescimento de 0,8%. Em 2024, o avanço deve ser maior, e passou de 1,6% para 1,7%.

Raphael Pati*
postado em 15/05/2023 10:12 / atualizado em 15/05/2023 10:12
 (crédito: Marta Pose Muckel/ Pixabay )
(crédito: Marta Pose Muckel/ Pixabay )

A Comissão Europeia, que representa os países que formam a União Europeia, reavaliou as projeções de crescimento da economia no bloco para 2023 e 2024. Neste ano, a expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) avance 1,0%, ante a projeção anterior, que apontava um crescimento de 0,8%. Para o ano que vem, a comissão também acredita em um aumento maior do PIB de 1,6% para 1,7%.

As principais razões apontadas pela comissão para elevar as projeções são a queda nos preços de energia, além da redução nas restrições de oferta e no desemprego. O clima observado na economia europeia é mais positivo, com o entendimento que o bloco conseguiu conter o impacto adverso da guerra na Ucrânia, ao suportar uma crise energética, graças a uma maior diversificação da oferta — em ritmo mais rápido — e a uma queda significativa do consumo de gás.

Entre os países da zona do euro, que têm a moeda comum, a projeção também aumentou e passou para 1,1%,neste ano, e 1,6%, em 2024. Mesmo assim, a comissão também acredita que a inflação deve ser maior neste ano, por conta da persistência nas tensões sobre os núcleos dos preços. Segundo a CE, esse índice deve encerrar 2023 com aumento de 5,8%. Para o ano que vem, o aumento estimado é de 2,8%.

Indústria recua

Mesmo com os dados positivos em relação ao PIB, o Eurostat, o escritório oficial de estatísticas da União Europeia, divulgou um resultado negativo na atividade industrial na zona do euro, que recuou 4,1% em março, na comparação com o mês anterior. Ao analisar com o mesmo mês de 2022, o recuo foi menor, de 1,4%.

Ao considerar todo o bloco, a queda da produção industrial no terceiro mês do ano foi de 3,6%, ante fevereiro, e de 1,3%, na comparação anual. Nesse período, a produção de bens de capital caiu 15,4% na zona do euro, enquanto a de bens intermediários recuou 1,8%, a de energia teve queda de 0,9% e a de bens não-duráveis demonstrou retração de 0,8%. Por fim, a produção de bens duráveis, em movimento contrário aos demais, cresceu 2,8% ante fevereiro.

* Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre Souza

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