Fraude bancária

Golpe do falso empréstimo cria sites fictícios para tirar dinheiro das pessoas

Segundo a Febraban, golpistas prometem liberação rápida de dinheiro em troca de pagamento antecipado de taxas e impostos. Consumidores com nome negativado estão entre os principais alvos

Rafaela Gonçalves
postado em 24/05/2023 03:55
 (crédito:  Reprodução/ Pixabay )
(crédito: Reprodução/ Pixabay )

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) divulgou um alerta sobre o golpe do falso empréstimo, que consiste na criação de páginas falsas na internet para oferecer uma modalidade de crédito inexistente. A fraude tem sido aplicada recentemente causando prejuízo financeiro para as vítimas.

Organizações criminosas estão se passando por instituições financeiras e oferecendo crédito com condições muito vantajosas, como liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados. Para que o falso empréstimo seja liberado, os golpistas pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a prática é normal no mercado.

Quando o interessado preenche o cadastro nesses sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um suposto contrato, mas, sem que o usuário perceba, colocam cláusulas impondo multas em caso de desistência. Também fazem ameaças e dizem que irão enviar o nome do cliente para birôs de crédito para que ele fique negativado.

O diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, alerta que não existe nenhum empréstimo em que a pessoa tenha de fazer qualquer tipo de pagamento antecipado. "Seja de impostos, seja de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas. Este tipo de abordagem é golpe. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para isso", afirmou.

Volpini também ressaltou que o cliente sempre deve desconfiar de sites na internet que ofereçam crédito com condições vantajosas. "Sempre pesquise e verifique se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos", disse.

O economista Glerton Reis Jr, sócio fundador da A & G Assessoria Empresarial & Tributária, observou que o maior público alvo dos golpistas são os clientes com nome negativado no Serasa. "Eles não têm acesso ao crédito normal, e, por isso, são as vítimas frágeis para esse golpe", alertou o economista, que destacou que o primeiro passo para não cair no golpe é verificar se o site ou instituição financeira é devidamente homologado. Mas, na maioria das vezes, trata-se de páginas ou sites falsos.

A Febraban esclareceu que a entidade não faz qualquer tipo de cobrança, não emite comunicado sobre recolhimento de impostos nem informe sobre pagamento de parcelas, e, tampouco, oferece empréstimos. "A Febraban é uma associação civil sem fins lucrativos que reúne instituições financeiras do país. No desempenho de suas atividades, a entidade não tem relacionamento direto com clientes e usuários do sistema bancário", informou, em nota.

A Federação também alerta que não faz contato com pessoas físicas ou jurídicas por ligação telefônica, carta, e-mail, WhatsApp ou quaisquer redes sociais, para realização de procedimentos de segurança ou para efetivação de operações financeiras. Trata-se de modalidade de golpe.


Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação