Internacional

FMI: endividamento mundial caiu, mas ainda supera nível pré-pandemia

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais endividado do mundo, seguido da China. As dívidas de ambas as potências se situam em um nível similar em percentual de seu PIB

Prédio do FMI -  (crédito: Olivier DOULIERY / AFP)
Prédio do FMI - (crédito: Olivier DOULIERY / AFP)
Agence France-Presse
postado em 13/09/2023 16:03

O endividamento mundial diminuiu em 2022 pelo segundo ano consecutivo, mas continua mais elevado do que antes da pandemia, informa um artigo publicado nesta quarta-feira (13/9) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que voltou a pedir aos governos que reduzam essa dívida. 

O montante total da dívida em nível mundial em 2022 seria equivalente a 238% do PIB, ou seja, nove pontos percentuais a mais do que em 2019, detalhou o FMI, ao atualizar sua base de dados da dívida global. 

Essa dívida era de US$235 bilhões em 2022 (R$1,16 trilhão na cotação atual). 

"A carga da dívida mundial diminuiu pelo segundo ano consecutivo", mas "continua sendo superior a seu já elevado nível anterior à pandemia", acrescenta, em um informe.

"Muitos governos gastaram mais para estimular o crescimento e responder à alta dos preços dos alimentos e da energia, embora tenham cessado seus apoios orçamentários relacionados com a pandemia", reforça o texto. 

Os economistas do FMI voltaram a pedir aos políticos que tomem "medidas urgentes para ajudar a reduzir as vulnerabilidades relacionadas com a dívida".

"As autoridades políticas terão de ser inabaláveis em seu compromisso com a sustentabilidade da dívida nos próximos anos", acrescentam os especialistas do FMI. 

Os Estados Unidos continuam a ser o país mais endividado do mundo, seguido da China. As dívidas de ambas as potências se situam em um nível similar em percentual de seu PIB. 

No entanto, segundo a publicação, "a China teve um papel central no aumento da dívida mundial nas últimas décadas, com um endividamento superior ao crescimento econômico". 

"A dívida dos países em desenvolvimento também aumentou significativamente nas últimas duas décadas, mas seus níveis iniciais de dívida eram mais baixos", completou.

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