Conjuntura

Governo mantém IPCA e projeta crescimento maior do PIB para 2023

Novas estimativas preveem um crescimento de 3,2% do PIB, enquanto que projeção para inflação continua estável em 4,85%, em relação ao último Boletim MacroFiscal

"Crescimento de 3,2% é uma projeção otimista", disse subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal -  (crédito:  Washington Costa/MF)
"Crescimento de 3,2% é uma projeção otimista", disse subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal - (crédito: Washington Costa/MF)
postado em 18/09/2023 17:07 / atualizado em 18/09/2023 17:10

O Ministério da Fazenda divulgou nesta segunda-feira (18/9) o Boletim MacroFiscal do mês de setembro, com um balanço atualizado feito pela Secretaria de Política Econômica (SPE) sobre o mercado e as expectativas em relação aos indicadores econômicos de 2023 e dos próximos anos.

De acordo com a publicação, o governo elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 2,5% em junho para 3,2% em setembro. A Fazenda entende que a divulgação do PIB do último segundo trimestre aumentou os ânimos após ter surpreendido as expectativas do mercado financeiro. Para o ano que vem, a estimativa permaneceu estável, em 2,3%.

“O crescimento de 3,2% é uma projeção otimista. A gente não está prevendo uma estagnação da atividade nos próximos trimestres. Estamos esperando uma nova aceleração no ritmo de crescimento no quarto trimestre”, pontuou a subsecretária de Política Macroeconômica, Raquel Nadal.

Já a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano permaneceu estável em 4,85% — mesma taxa de aumento na comparação com o boletim anterior. Segundo a pasta, os impactos na inflação ocasionados pelo reajuste dos combustíveis nas refinarias vêm sendo compensados pela boa evolução nos preços de alimentação em casa.

Desaceleração a curto prazo

A curto prazo, o Ministério da Fazenda projeta uma desaceleração da atividade econômica. No acumulado dos últimos quatro trimestres, o crescimento do PIB deve encolher de 3,2% para 2,9%, influenciado pela queda nas expectativas em relação aos setores de serviços e indústria, que devem encolher de 3,3% para 2,6% e de 2,2% para 1,7%, no terceiro trimestre deste ano, em relação aos quatro anteriores.

Enquanto isso, o setor agropecuário deve apresentar uma aceleração de 11,2% para 12,4% do segundo para o terceiro trimestre deste ano. “No caso da agropecuária, o crescimento interanual ainda deve ser acentuado de 8,8%, refletindo um aumento da produção e colheita de cana-de-açúcar, algodão e milho, comparativamente ao mesmo trimestre de 2022”, destacou, ainda, a subsecretária.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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