Trabalho

Taxa de desemprego cai a 7,7% em setembro, menor nível desde 2015

O número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho chegou a 99,8 milhões, maior contingente observado na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012

Aumento no número de ocupados veio em grande parte da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 37,4 milhões de trabalhadores -  (crédito: Divulgação/Agência Alagoas)
Aumento no número de ocupados veio em grande parte da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 37,4 milhões de trabalhadores - (crédito: Divulgação/Agência Alagoas)
postado em 31/10/2023 10:03 / atualizado em 31/10/2023 10:19

A taxa de desemprego no Brasil manteve a tendência de queda no trimestre encerrado em setembro, recuando para 7,7%. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (31/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), trata-se do menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.

O número de pessoas ocupadas no mercado de trabalho chegou a 99,8 milhões, maior contingente observado na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. “A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

A maior parte desse aumento no número de ocupados veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que, com o acréscimo de 1,6%, chegou a 37,4 milhões de trabalhadores.

Essa foi a única categoria investigada pela pesquisa que apresentou crescimento significativo. As demais permaneceram estáveis frente ao trimestre anterior. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento dessa categoria foi de 3,0%, 1,1 milhão de pessoas.

No trimestre, o mercado de trabalho absorveu 631 mil trabalhadores formais e 299 mil informais. A taxa de informalidade chegou a 39,1% do total de ocupados, o que representa estabilidade frente ao trimestre encerrado em junho. Ao todo, foram estimados 39 milhões de trabalhadores informais no país.

Setores

Em relação aos setores econômicos analisados pela pesquisa, o único que registrou aumento significativo no seu número de ocupados foi o de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (3,5%, ou mais 420 mil pessoas). 

“Embora essa atividade tenha se destacado no pós-pandemia por causa dos serviços de tecnologia da informação, agora tem registrado expansões seguidas não só relacionadas a esse segmento, mas também aos serviços de locação de mão de obra, administrativos, jurídicos e financeiros. Além disso, boa parte do crescimento do trabalho com carteira assinada no trimestre veio por meio dessa atividade”, ressalta a pesquisadora Adriana Beringuy.

As outras nove atividades ficaram estáveis na comparação com o trimestre móvel encerrado em junho.

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