SUSTENTABILIDADE

COP28: substituir querosene fóssil por sustentável é estratégico, diz CNI

Combustível defendido pela Confederação das Industrias para abastecer aviões seria feito a partir de milho e óleo de cozinha, por exemplo

Presidente da CNI, Ricardo Alban discursa na COP 28, em Dubai -  (crédito: Divulgação/CNI)
Presidente da CNI, Ricardo Alban discursa na COP 28, em Dubai - (crédito: Divulgação/CNI)
postado em 07/12/2023 12:05

Responsável por 2% das emissões globais de gases de efeito estufa, a querosene de avião pode ser substituída por um combustível sustentável, defendeu a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), durante um painel realizado na quarta-feira (6/9), na Conferência Global sobre Mudanças Climáticas (COP 28), em Dubai.

Conhecido pela sigla SAF (em inglês Sustainable Aviation Fuel), a querosene sustentável seria feita a partir de biomassa, que é produzido por meio de uma mistura envolvendo milho ou óleo de cozinha, por exemplo.

No painel, organizado pela CNI, participaram representantes da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham) das empresas  Acelen (energia) e Airbus (aviões). Sobre a possibilidade de substituir, a querosene de avião tradicional para uma opção sustentável, o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, afirmou serem necessários investimentos na faixa de US$ 178 bilhões por ano na área.

De acordo com a CNI, a substituição do querosene fóssil por sustentável foi identificada pelas empresas como estratégia fundamental para reduzir as emissões de CO2.

"Investimentos que seriam a partir de hoje até 2050 para que o mundo zere a emissão de carbono em relação à aviação", afirmou o empresário. Ele acrescentou que esses investimentos também seriam aplicados no Brasil uma vez que, de acordo com ele, o país teriam "várias rotas" operadas com aviões de SAF.

Investimentos sustentáveis

No Brasil, a Acelen, investe em refinarias de petróleo. O vice-presidente de Novos Negócios da empresa, Marcelo Cordaro, disse que a empresa vai investir R$ 12 bilhões nos próximos 10 anos em uma unidade de produção de combustível renovável em Mataribe a partir da macaúba, planta nativa do Brasil.

O projeto cultivará 200 mil hectares em áreas degradadas na Bahia e em Minas Gerais. Segundo ele, o projeto tem o potencial de gerar cerca de 90 mil empregos e movimentar a economia brasileira com aproximadamente R$ 85 bilhões nas próximas duas décadas.

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