Indústria

Horas trabalhadas na indústria não crescem desde junho, aponta CNI

Pesquisa divulgada pela confederação reforça a perda de dinamismo da atividade do setor industrial e do mercado de trabalho

Segundo a avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo,
Segundo a avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, "o conjunto dos índices nos últimos meses mostram clara perda de dinamismo da atividade e do mercado de trabalho industrial" - (crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press)
postado em 08/12/2023 20:20

A pesquisa “Indicadores Industriais”, divulgada nesta sexta-feira (8/12) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostrou que as horas trabalhadas na produção industrial brasileira de outubro apresentaram uma queda de 0,4% se comparado às de setembro, desconsiderando a sazonalidade. É o quarto mês consecutivo em que o indicador não apresenta crescimento.

A pesquisa acompanhou empresas que são responsáveis por 90% do produto industrial do país. Realizada desde 1992, ela indica o comportamento efetivo da atividade industrial por medições de faturamento, emprego, remuneração e utilização da capacidade instalada.

O emprego industrial de outubro de 2023 recuou 0,5% em relação ao mesmo mês do ano passado. Durante o ano, esse indicador intercalou avanços e quedas, mas se manteve positivo no acumulado do ano, com crescimento de 0,3%.

Segundo a avaliação do gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, “o conjunto dos índices nos últimos meses mostram clara perda de dinamismo da atividade e do mercado de trabalho industrial”.

Ainda segundo a pesquisa, o rendimento médio real dos trabalhadores da indústria caiu em 0,4% entre setembro e outubro de 2023. No acumulado do ano, há um avanço de 2,7%. A massa salarial também sofreu uma redução de 0,3% entre setembro e outubro. O indicador teve uma alta de 3% no acumulado do ano devido ao forte crescimento de abril, que se sobrepôs ao recuo sofrido durante sete meses do ano.

O indicador de faturamento real da indústria apresentou estabilidade entre setembro e outubro. Ele intercala avanços e recuos desde o fim de 2022, com as quedas sendo mais acentuadas e, consequentemente, desenhando uma trajetória de diminuição. Frente a outubro de 2022, houve uma diminuição de 0,8%. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o acumulado do ano até outubro de 2023 apresentou recuo acumulado de 1%.

*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes

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