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Turismo comemora recorde de visitantes estrangeiros

Turistas de outros países gastaram R$ 25 bilhões no país, de janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Banco Central. Governo aposta no crescimento do setor, que responde por 8% do PIB e emprega quase 8 milhões de pessoas

Celso Sabino, na abertura do Salão Nacional do Turismo, no Estádio Mané Garrincha: evento não era realizado  havia 12 anos -  (crédito:  Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
Celso Sabino, na abertura do Salão Nacional do Turismo, no Estádio Mané Garrincha: evento não era realizado havia 12 anos - (crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agencia Brasil)
postado em 16/12/2023 04:00

Representando 8% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB) e empregando 7,9 milhões de pessoas, o setor do Turismo comemora a recuperação e aposta no crescimento da atividade no país. Segundo dados do Banco Central, até setembro, turistas estrangeiros gastaram R$ 25 bilhões no país neste ano, um recorde que ajuda a reforçar a balança comercial e de serviços brasileira.

"Hoje o governo e a Embratur estão trabalhando para ampliar nossa conexão internacional. Estamos investindo forte na apresentação do nosso país no exterior. Os frutos já começam a aparecer, tanto que tivemos os melhores agosto e setembro da história do país em atração de turistas estrangeiros", disse o ministro Celso Sabino.

O balanço foi realizado, nesta sexta-feira (15/12), em Brasília, durante a abertura da sétima edição do Salão Nacional do Turismo. O evento, que não acontecia havia 12 anos, é o maior do setor turístico no país. A abertura não teve a esperada presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva — que precisou antecipar uma viagem ao Espírito Santo —, mas contou com representantes do setor e diversas autoridades.

Questionado pela imprensa, Sabino minimizou a alta no preço das passagens aéreas, que têm pesado nas inflação nos últimos meses. Ele lembrou que o ministério lançou este ano o programa Conheça o Brasil: Voando, e garantiu ser possível pagar menos comprando com antecedência. "Abrimos este ano mais de 94 rotas dentro do Brasil", observou. "Vou dar uma dica a todos: planejem sua viagem com antecedência. Quando compra passagens com três ou quatro meses de antecedência, você até consegue bilhetes de R$ 90", acrescentou o ministro.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, ressaltou os dados de superavit na balança comercial e de serviços no setor. "Foram R$25 bilhões em turismo internacional, isso são entradas de divisas, ou seja, aquilo que os estrangeiros gastaram no Brasil de acordo com os dados do Banco Central. A gente está superando os números de antes da pandemia — não é da pandemia, é de antes. Estamos em um momento em que o mundo voltou a visitar o Brasil. Tivemos 40% a mais de voos internacionais chegando no Brasil em 2023 na comparação com 2022", disse Freixo ao Correio.

Segundo ele, as estimativas da Embratur, apontam que, em 2023, o país vai registar o maior número de visitantes estrangeiros e o maior valor gasto por turistas de outros países na história do setor.

De volta à prateleira

O chefe da Embratur ainda comemorou a abertura do primeiro escritório da Organização Mundial do Turismo (OMT) na América Latina e Caribe, na quinta-feira, no Rio de Janeiro, que atribuiu à recolocação do país no mercado internacional do turismo. "É importante para demonstrar que o país está colocado de novo nas prateleiras do mundo, e o Rio é a porta de entrada", comemorou.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), prestigiou o evento do ministro aliado do seu partido e defendeu medidas para ampliar a participação do turismo no PIB, destacando o potencial do país para atrair visitantes. Para isso, fez uma comparação entre o Brasil e Dubai, nos Emirados Árabes, que se tornou um dos principais polos do turismo mundial.

"Acabei de chegar da discussão da COP28, lá em Dubai", disse, em referênai à conferência da ONU sobre o clima. "Claramente, eles estão se preparando para mudar a vertente econômica. Dubai agora está se voltando para o turismo mundial. O que eles chamam de passeio no deserto não se compara aos lençóis maranhenses. A gente precisa destravar a nossa mente", afirmou Lira.

 

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