setor comercial

Feriados de 2024 podem gerar perdas de R$ 28 bilhões para o comércio

Estimativa é da CNC. Setores mais impactados serão o supermercadista e o automotivo, com a maior concentração da folha de pagamento

O número de feriados nacionais chega a 12 para o ano que vem. Apesar disso, haverá menos ‘feriados prolongados’ -  (crédito: Reprodução Unsplash)
O número de feriados nacionais chega a 12 para o ano que vem. Apesar disso, haverá menos ‘feriados prolongados’ - (crédito: Reprodução Unsplash)
postado em 27/12/2023 16:17

O comércio pode ter perdas bilionárias com as datas comemorativas em 2024. De acordo com uma estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o setor pode ter prejuízo de R$ 27,92 bilhões no ano que vem, o que ainda é 4% inferior às perdas registradas neste ano, que chegaram a R$ 28,99 bilhões.

O número de feriados nacionais chega a 12 para o ano que vem. Apesar disso, haverá menos ‘feriados prolongados’ em 2024. São eles: carnaval (12 e 13 de fevereiro - segunda e terça), Paixão de Cristo (29 de março - sexta), Corpus Christi (30 de maio - quinta) e Proclamação da República (15 de novembro - sexta). A entidade reforçou que a incidência de feriados em dias úteis favorece alguns setores da economia, como o turismo. No entanto, gera prejuízos para o comércio devido a fatores como a queda no nível de atividade e elevação dos custos de operação.

Na avaliação do presidente da CNC, José Roberto Tadros, os feriados não são considerados ‘vilões’ da economia, mas, mesmo assim, o setor produtivo é uma balança que precisa estar sempre em equilíbrio. “Nossos segmentos ligados ao turismo se beneficiam desse calendário, o que é muito positivo. Mas segmentos econômicos como o varejo registram perdas com lojas fechadas e menor movimentação de público, por exemplo. A validade desse levantamento é dar luz sobre o cenário e orientar as melhores decisões”, pontua.

Impacto maior em supermercados

Segundo as estimativas da CNC, os setores que mais sofrerão com os feriados do ano que vem são o supermercadista e o automotivo. Isso deve ocorrer devido à parcela que os dois representam dentro dos ramos em que a relação folha/faturamento é mais elevada. Somente esses dois segmentos concentram mais de 44% de toda a folha de pagamentos do comércio brasileiro.

“Por mais que as vendas do varejo possam ser parcialmente compensadas nos dias imediatamente anteriores ou posteriores aos feriados, o peso relativamente elevado dos gastos com pessoal na atividade comercial é a principal fonte dos prejuízos impostos pelas datas de descanso, comprimindo as margens de operação do varejo diante de um público menor e da paralisação de atividades”, avalia o economista da CNC responsável pelo levantamento, Fabio Bentes.

De acordo com estudos feitos pela confederação, cada feriado reduz a rentabilidade anual média do comércio em 1,29%. Sendo assim, a entidade avalia que os feriados do próximo ano deverão impactar o excedente operacional do comércio em 9%.

*Estagiário sob a supervisão de Mariana Niederauer

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