paralisação

Servidores do Banco Central aprovam greve de 24 horas em 11 de janeiro

Categoria reivindica reajuste nas tabelas remuneratórias, além de outros três itens

Defasagem salarial dos servidores do Bacen já está entre 35% a 40%, segundo o sindicato -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
Defasagem salarial dos servidores do Bacen já está entre 35% a 40%, segundo o sindicato - (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
postado em 29/12/2023 12:44

O Sindicato Nacional dos Servidores do Banco Central (Sinal) aprovou, em assembleia geral realizada na noite desta quinta-feira (28/12), uma greve com duração de 24 horas para o próximo dia 11 de janeiro. Em nota, a categoria afirmou que a decisão é uma resposta ao que chamaram de ‘descaso’ por parte do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) ao não prosseguir com as negociações em relação às reivindicações dos servidores do Bacen.

Além disso, o Sinal criticou o fato de que as mudanças aprovadas na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024, além do texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), tenham beneficiado outras categorias, como a dos auditores fiscais da Receita Federal e a Polícia Federal, e deixado de lado os servidores do Banco Central.

“Diante do tratamento desigual, o corpo funcional do Banco Central decidiu por uma greve de 24 horas, buscando provocar um forte 'apagão' em todos os serviços do órgão, afetando o atendimento ao mercado e ao público (cancelamento de reuniões, manutenção em sistemas, atraso na divulgação de informações etc.)”, anunciou, em nota, a entidade.

Os principais pleitos apresentados pela categoria são o reajuste nas tabelas remuneratórias (atualmente, a defasagem salarial dos servidores do Bacen está entre 35% a 40%), a criação de uma Retribuição por Produtividade Institucional, a exigência de nível superior para o cargo de técnico, além da mudança do nome do cargo de analista para auditor, como explica o presidente do Sinal, Fábio Faiad.

“A mudança do nome de analista para auditor é porque o auditor reflete o que a nossa categoria faz. Então o nome analista reflete um desprestígio, reflete um tipo de atividade que está aquém do que o servidor do Banco Central faz, então a mudança do nome serve para reposicioná-lo, e para evitar comparações que não têm nada a ver com a complexidade do trabalho do Banco Central”, disse Faiad.

Apesar de ser uma greve quase geral, o sindicato destacou a importância do Bacen para a estabilidade econômica do país e a responsabilidade do governo em considerar equitativamente todas as carreiras estratégicas. “Vamos tomar cuidado para evitar prejuízos para o povo e para a sociedade. A grande questão aqui é atacar os interesses dos grandes bancos e do sistema financeiro”, disse, ainda, o presidente do Sinal.

Procurado pelo Correio, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) ainda não se pronunciou sobre o assunto.

*Estagiário sob a supervisão de Mariana Niederauer

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