O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (2/10) esperar que o Senado dê ao projeto de isenção do Imposto de Renda (IR) até R$ 5 mil o mesmo respaldo recebido na Câmara dos Deputados. A proposta foi aprovada de forma unânime pelos deputados, com 493 votos favoráveis.
“Acredito que vamos ter um apoio tão grande quanto tivemos na Câmara. Foi uma votação histórica”, comentou o ministro. Ele classificou a aprovação como um “golaço” do Congresso e destacou que não espera dificuldades na tramitação pelo Senado.
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O texto amplia a faixa de isenção, hoje limitada a quem recebe até R$ 3.036 mensais (dois salários mínimos). Além disso, reduz a alíquota para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7.350. Haddad enfatizou que a mudança representa alívio fiscal para a classe média e maior justiça tributária.
Para compensar a perda de arrecadação, o projeto estabelece uma alíquota mínima de 10% para contribuintes com rendimentos acima de R$ 50 mil por mês. A medida aumenta a tributação sobre a parcela mais rica da população, em contrapartida à redução concedida para os trabalhadores de baixa e média renda.
A proposta é considerada uma das principais promessas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e tem peso estratégico para fortalecer o apoio da classe média às políticas econômicas do Executivo. Além de buscar correção na tabela do IR, a medida é vista pelo Planalto como peça-chave no cenário político das eleições presidenciais de 2026.
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